05 de janeiro, de 2017 | 15:04

Comércio prejudicado com excesso de feriados em 2017

Lojas ficarão impedidas de abrir em pelos menos 12 datas e Sindcomércio diz ser necessário que número caia, no mínimo, pela metade

Fotos: Divulgação
Um feriado com portas fechadas não se traduz em vendas em dobro no dia seguinte, conforme o Sindcomércio Um feriado com portas fechadas não se traduz em vendas em dobro no dia seguinte, conforme o Sindcomércio


O comércio do Vale do Aço terá pela frente, até dezembro, pelo menos 12 dias de portas fechadas em razão de feriados nacionais e municipais. Estima-se que em todo o Brasil o setor terciário deva amargar prejuízo de mais de R$ 10 bilhões devido às datas que os lojistas estarão impedidos de abrir seus estabelecimentos.

“Em 2017 serão muitos os feriados em quintas-feiras e suas pontes, ou seja, os chamados ‘dias enforcados’. Se todos estão empenhados em aumentar a produtividade da economia, seja no país ou em nossa região, essas datas precisam ser revistas”, reivindica José Maria Facundes, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) do Vale do Aço.

Conforme já divulgado pelo Diário do Aço, os feriados às quintas-feiras serão em 15 de junho (Corpus Christi), 7 de setembro (Independência do Brasil), 12 de outubro (Dia das Crianças) e em 2 de novembro (Finados). Dois cairão em sextas-feiras: 14 e 21 de abril, Sexta-feira Santa e Tiradentes. 1º de maio (Dia do Trabalhador) e 25 de dezembro (Natal) serão em segundas-feiras. Há ainda o 28 de fevereiro, terça-feira de Carnaval, e o 15 de novembro, Proclamação da República, quarta-feira.

“Em Coronel Fabriciano também será feriado no próximo dia 20, sexta-feira, aniversário da cidade, e em 15 de agosto (Assunção de Nossa Senhora). Timóteo e Ipatinga também decretaram feriado em 15 de agosto e, ainda, no dia 29 de abril, sábado, data da emancipação de ambos os municípios”, acrescenta José Maria Facundes.

O presidente do sindicato ressalta que o prejuízo com o excesso de feriados não atinge apenas os setores de comércio e serviços, mas toda a economia regional. “Quando uma loja fecha as portas em um dia de recesso, ao contrário do que muitos pensam, a venda não é em dobro no dia seguinte. Com a interrupção do funcionamento do comércio ficam prejudicados os empresários que não faturam, os comerciários que não trabalham e toda a população, que perde o direito de ir às compras”, analisa o dirigente sindical.
Lojas ficarão impedidas de abrir em pelos menos 12 datasLojas ficarão impedidas de abrir em pelos menos 12 datas


Lei
Os feriados nacionais são disciplinados por lei federal. Essa norma determina ainda que cada cidade pode decretar – por meio de lei municipal e de acordo com a tradição local – até quatro feriados religiosos ou “dias de guarda”.

Portanto, é a lei que define se o comércio deve estar fechado ou não, ficando a abertura das lojas nos dias de feriado dependente de concessão dos sindicatos que representam os empregados. “O comércio aumenta seus gastos em 100% para trabalho em feriados, ou seja, existe também um excesso de proteção ao trabalhador com essa elevação de custos para que ele esteja apto a trabalhar em algumas destas muitas datas”, diz Facundes, para complementar:

“Desta forma, por mais que o Sindcomércio consiga ir à mesa de negociação com os sindicatos que representam os empregados e viabilizar a abertura das lojas em feriados, muitas empresas optarão por não abrir.”
Facundes: empresários aumentam seus gastos em 100% para trabalho em feriadosFacundes: empresários aumentam seus gastos em 100% para trabalho em feriados


Facundes informou que o Sindcomércio enviará aos sindicatos laborais de Ipatinga, Fabriciano e Timóteo, ainda em janeiro, propostas de abertura de todo o comércio em feriados. “Reivindicaremos o funcionamento não só de empresas do gênero alimentício, mas de todo o comércio e o Shopping. Contamos com o bom senso das entidades laborais”, diz.

Metade
Por último, o dirigente do sindicato patronal acredita que após dois anos de forte recessão econômica, políticos e autoridades deveriam rever o número excessivo de feriados e criar leis para que nos próximos anos as datas em recesso diminuam – no mínimo – pela metade.

“Praticamente toda a cadeia produtiva para nos feriados e o país deixa de produzir. Se não há progresso, as coisas não andam e a crise não vai embora. O que a gente vê em países de Primeiro Mundo são no máximo dois, três feriados. Porque não seguir este bom exemplo?”, questiona o presidente do Sindcomércio. (Assessoria de Imprensa do Sindcomércio)
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Comentários

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Gustavo Tavares Matias Bomtempo

05 de janeiro, 2017 | 16:20

“vale lembrar que aqui nao e pais de primeiro mundo, pra isso teria que mudar primeiro os politicos”

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