04 de janeiro, de 2017 | 17:11
Pessoas em situação de rua estão morando no CEC 7 de Outubro
Espaço que era utilizado para a prática esportiva, hoje abriga diversas pessoas
Um grupo de pessoas em situação de rua ocupa as dependências do Centro Esportivo e Cultural 7 de Outubro, no bairro Veneza, desde novembro do ano passado. Reclamações encaminhadas ao Diário do Aço indicam que duas pessoas foram para o local e passaram a se abrigar nas instalações do espaço público. Depois disso, outras pessoas que não têm onde morar e haviam sido retiradas de outros locais públicos anteriormente ocupados, como a marquise do estádio Ipatingão e ponte da avenida Guido Marlière, foram habitar o 7 de Outubro.Em uma das reclamações, moradores do bairro Veneza afirmam que o crescimento da população em situação de rua tem gerado problemas sociais graves nas proximidades do CEC 7 de Outubro e as ruas nas proximidades, por eles costumam circular. O furto, uso de entorpecentes e os pedintes sempre foram uma realidade com a qual convivemos, mas agora, tudo isso foi agravado porque essas pessoas, totalmente desassistidas pelo poder público decidiram ocupar esse espaço”, afirma um dos moradores em mensagem enviada ao Diário do Aço.
Preocupação
Procurada, a administração municipal informou, no fim da tarde passada, que logo depois da posse, o prefeito Sebastião Quintão formou uma comissão que circula desde segunda-feira pelos prédios públicos de Ipatinga e também deparou com as pessoas em situação de rua, morando nas dependências do CEC 7 de Outubro. A situação é preocupante e será tratada pelas secretarias de Segurança Pública e Convivência Cidadã, Assistência Social e Esporte, Cultura e Lazer, que é responsável pela gerência do 7 de Outubro. Entretanto, o governo quer que o Ministério Público Estadual acompanhe as decisões que eventualmente forem tomadas. Como a promotoria de Justiça está de recesso e só retoma os trabalhos no dia 9 de janeiro, nada será feito no momento”, explica o governo.
Ainda conforme a administração, outros problemas estão sendo relacionados nos prédios públicos vistoriados pela equipe da Prefeitura de Ipatinga.
Entenda
Conforme a Secretaria Especial de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça e Cidadania, a população em situação de rua” é um conceito que define pessoas de um grupo populacional heterogêneo que têm em comum a pobreza, vínculos familiares quebrados ou interrompidos, vivência de um processo de desfiliação social pela ausência de trabalho assalariado e das proteções derivadas ou dependentes dessa forma de trabalho, sem moradia convencional regular e que têm a rua (e espaços públicos) como o espaço de moradia e sustento.
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Alex
05 de janeiro, 2017 | 12:39A solução para esse problema às vezes parece simples mas não é. Alguns podem questionar, o que custa pagar um um aluguel social ou mesmo construir casas e abrigos para atendê-los? É muito mais do que isso, olhe a situação de sujeira e penúria vista na fotografia. São situações que passa pela educação, inserção social, emprego, acolhimento e tantos outros quesitos mínimos da dignidade humana.”