03 de janeiro, de 2017 | 17:06
Minas Gerais recebe R$ 2,5 milhões para recuperar nascentes
Fundo destinou R$ 2,5 milhões ao projeto denominado Recuperação de Áreas de Preservação Permanente para Produção de Água
O Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) contemplou projeto apresentado pela Fundação Biodiversitas para a Conservação da Diversidade Biológica, destinado a recuperar nascentes em áreas de preservação permanente em Minas Gerais. Na última semana de dezembro, o Fundo destinou R$ 2,5 milhões ao projeto, inscrito no Edital 01/2015, denominado Recuperação de Áreas de Preservação Permanente para Produção de Água.
O objetivo foi selecionar projetos voltados à recuperação florestal em áreas de preservação permanente localizadas em bacias hidrográficas cujos mananciais de superfície contribuam para o abastecimento de reservatórios de regiões metropolitanas com alto índice de criticidade hídrica.
O projeto celebrado em dezembro consolida a parceria histórica do FNMA com as organizações da sociedade civil em prol da conservação e recuperação do meio ambiente”, comemorou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
Já o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e diretor do FNMA, Jair Vieira Tannús, afirmou que a restauração florestal de áreas que margeiam os corpos dágua contribui diretamente para aumentar a disponibilidade hídrica. O Edital 01/2015 é uma resposta do ministério à crise hídrica que continua a atingir várias regiões metropolitanas do país”, destacou.
Manso
A Fundação Biodiversitas para a Conservação da Diversidade Biológica receberá R$ 2,5 milhões para recuperação Florestal das áreas de áreas de preservação permanente que contribuem para o abastecimento da região metropolitana de Belo Horizonte. A região conta com 1,7 milhão de pessoas, abastecidas de água principalmente pelos sistemas do Rio Paraopeba e do Rio das Velhas.
Do sistema Paraopeba, com apenas 30,5% de sua capacidade, o reservatório do Sistema Rio Manso abastece mais de 28,3% da população. Do total de 67 mil hectares de área da bacia, apenas 9 mil hectares são de responsabilidade da Companhia de Abastecimento de Minas Gerais (Copasa). O restante sofre com processos de degradação ambiental diversos, devido ao mau uso do solo.
Contratos
O edital conta com recursos de seis parceiros, além do FNMA: Fundo Clima, Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, Fundo Socioambiental Caixa, Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça e Agência Nacional de Águas, com investimento de R$ 45 milhões.
No total, 18 projetos foram selecionados pelo Conselho Deliberativo do FNMA. Em 2016, foram assinados oito contratos, totalizando R$ 22 milhões, sendo R$ 14 milhões do MMA e R$ 8 milhões do Fundo Socioambiental Caixa.
Além de três projetos com as organizações da sociedade civil, ao longo de 2016 foram assinados convênios com a Prefeitura Municipal de São José dos Campos, a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento da Bahia, a Empresa Bahiana de Águas e Saneamento (Embasa), a Empresa de Saneamento de Goiás (Saneago) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
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