29 de dezembro, de 2016 | 16:59

Vereadores de Ipatinga aprovam orçamento 2017

Após decisão judicial, vereadores votam a peça orçamentária municipal

Wôlmer Ezequiel
Orçamento de Ipatinga foi aprovado sem nenhum voto contrárioOrçamento de Ipatinga foi aprovado sem nenhum voto contrário

Foi aprovado, por unanimidade, em reunião ordinária, na tarde dessa quinta-feira (29) o Projeto de Lei 119/2016, que estima a receita e fixa a despesa do Orçamento do Município de Ipatinga, para o exercício financeiro de 2017, em cerca de R$ 840 milhões. Todos os vereadores estiveram presentes, exceto Aguinaldo Bicalho (PT).

A reunião foi convocada mediante liminar expedida pelo juiz plantonista na região, Vitor Luís de Almeida, como publicado pelo Diário do Aço . O documento determinou que o presidente da Casa Legislativa, Sebastião Guedes (PT) e o vice-presidente, Nilton Manoel (PMDB) colocassem o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) em votação, dentro de 24h.

O projeto da peça orçamentária teve pedido de vista pela vereadora Lene Teixeira (PT), no dia 20 deste mês. A presidência do Legislativo deveria solicitar uma nova votação da matéria, contudo isso não foi feito. Contrariado, um grupo de vereadores decidiu entrar na justiça para que houvesse a sessão.

O pedido de liminar foi impetrado por sete vereadores: Ademir (DEM); Adiel de Oliveira (Solidariedade); Fabinho do Povo (PSL); Ley do Trânsito (PSD); Nilson Lucas (PMDB); Nilsinho da Transnil (PTdoB); e Toninho Felipe (DEM).

Para o presidente do Legislativo, Sebastião Guedes (PT), o percentual do orçamento destinado ao livre remanejamento para a próxima Administração Municipal é absurdo. “Aprovar 35% de livre remanejamento é algo inédito na cidade de Ipatinga. Isso chega à cifra de R$ 300 milhões para o próximo prefeito gastar como quiser sem nenhum controle do Legislativo”, destaca.

O presidente da Casa acredita que este valor acima do comum seja fruto de negociatas entre vereadores. “Para a gestão atual os vereadores liberaram com muito custo 10% de remanejamento livre, já para o próximo 35%. Isso prova sim negociações entre vereadores e futuro prefeito”, afirma.

De acordo com Guedes, a intenção era que o orçamento fosse votado pela próxima legislatura, no começo de 2017. “Queríamos deixar o orçamento para ser votado na semana que vem, pelos novos vereadores. Mas o juiz concedeu a liminar e a nós cabe cumprir a determinação”, pontua.

O vice-presidente da Câmara de Ipatinga, Nilton Manoel, disse que foi procurado por um oficial de justiça às 15h da quarta-feira e acatou a decisão judicial. “Juiz quando dá a liminar você acata, não discute. O vereador Guedes está nervoso, mas nos primeiros três anos da prefeita Cecília Ferramenta foram concedidos 30%. Não vejo negociata nenhuma em troca dessa porcentagem”, contesta Nilton.

O vereador Fabinho do Povo, um dos solicitantes da liminar, afirmou que votar o orçamento é direito constitucional do representante do Poder Legislativo. “Entramos com o pedido de mandado de segurança para garantir o nosso direito. Outro motivo para o pedido é que não podemos deixar o próximo governo contrair despesas. As entidades, bem como o funcionalismo público, ficariam sem receber o primeiro mês”, destaca.

Na opinião de Fabinho, o presidente do Legislativo feriu o regimento da Casa. “O vereador Guedes feriu o regimento interno, tanto é que o Judiciário deferiu a liminar, exigindo que esta reunião fosse convocada”, salienta Fabinho. As emendas ao Projeto de Lei 119/2016 ainda serão votadas em sessão na tarde desta sexta-feira (30).

Repórter: Fernando Lopes
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Mak Solutions Mak 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário