28 de dezembro, de 2016 | 17:08

Atleta realiza sonho de disputar a São Silvestre

Marilélia Rocha irá participar da 92ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre

Wôlmer Ezequiel
Marilélia se preparou ao longo da temporada para realizar o sonho de disputar a São Silvestre  Marilélia se preparou ao longo da temporada para realizar o sonho de disputar a São Silvestre

A atleta ipatinguense Marilélia Rocha vai terminar a temporada deste ano realizando um sonho. Vai participar, pela primeira vez, da Corrida Internacional de São Silvestre. A prova, na sua 92ª edição, com largada na manhã deste sábado, 31, é a principal corrida de rua da América Latina.

Com o intuito de chegar em “ponto de bala” para encarar esse desafio, Marilélia conta que iniciou a preparação em janeiro deste ano. Além da regularidade na prática de exercícios específicos para fundistas, ela participou de várias maratonas e provas tradicionais no calendário, como a Corrida Garoto e a Volta da Pampulha. Sabedora das armadilhas da subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio, onde muitos favoritos viram escapar a vitória, a atleta procurou simular, em Ipatinga, treinamentos em ladeiras semelhantes à que terá de enfrentar neste sábado pela manhã.

Como sempre, as inscrições foram encerradas quando atingiram à marca de trinta mil participantes, número que traduz a dimensão do evento. Conforme Marilélia, mesmo com os compromissos e outros eventos festivos típicos da virada do ano, quando a maioria das pessoas geralmente quer ficar ao lado de familiares, o número de interessados em participar da corrida é muito superior ao limite imposto pela organização.

Na avaliação da atleta, a São Silvestre é a única ocasião que a capital paulistana contraria o ditado “São Paulo não pode parar”. De fato, os principais corredores de trânsito são interditados para segurança dos atletas e dos milhares de espectadores que se postam ao longo de ruas e avenidas para aplaudir os consagrados nomes das corridas de rua, e ainda levar incentivo a familiares e amigos que engrossam o contingente de desportistas amadores.

Para Marilélia Rocha, o mais importante é o lado social da prova. Muitos dos participantes têm histórias de vida muito ricas. “Há muitos casos de pessoas que viram, na corrida de rua, o estímulo que faltava para abandonar as drogas ou ainda se recuperar de doenças que exigiam altas dosagens de remédios”, exemplifica.

A programação da 92ª Corrida Internacional de São Silvestre começará cedo. O pelotão de elite feminino larga às 8h40. Em seguida, às 9h, será a vez do pelotão de elite masculino, pelotão especial (masculino e feminino) e atletas em geral. Cadeirantes e atletas com deficiência terão seus horários definidos posteriormente.

O percurso de 15 km passa por alguns dos principais pontos turísticos da cidade de São Paulo, com largada na Avenida Paulista, altura da rua Frei Caneca, e chegada em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero.

Idealizada pelo jornalista Cásper Líbero no ano de 1924, a prova chega a sua 92ª edição sem interrupção. Ela foi realizada até mesmo durante a Revolução Constitucionalista de 1932 e a II Guerra Mundial.

Por tudo isso, a exemplo de Marilélia Rocha, outros fundistas de todos os quadrantes do Brasil e de vários países do mundo encaram a presença na competição como a realização de um sonho.
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