27 de dezembro, de 2016 | 17:48

Futuro prefeito de Timóteo fala sobre demandas para 2017

Com dívidas que somam mais de R$180 milhões, Geraldo Hilário assume Prefeitura de Timóteo com muitos desafios

A quatro dias da cerimônia da posse, o prefeito eleito e diplomado em Timóteo, Geraldo Hilário Torres (PP), afirma que a situação da Prefeitura de Timóteo é “alarmante”. Em entrevista ao Diário do Aço, o prefeito relata sobre o período de transição de governo e as principais demandas já levantadas para o mês de janeiro. “Ainda estamos em fase de diagnóstico, mas os números são preocupantes. Não tem como precisar, mas a dívida fundada do município gira em torno de R$ 150 milhões. Já a dívida flutuante é de R$ 24 milhões. Só com fornecedores de produtos e serviços do dia a dia da prefeitura a fatura supera os R$ 800 mil”, informa o prefeito eleito.

Hilário confirmou que o período de transição está tranquilo e que o atual governo tem colaborado, dentro do possível, com a equipe que irá assumir a gestão em 2017. “Tanto o prefeito quanto a maioria dos secretários colaboram com o nosso pessoal”, destaca.

Pendências

Questionado a respeito das apurações em andamento, Geraldo afirma que os dados já levantados confirmam que o novo governo terá de encarar grandes desafios. “As principais pendências que o Governo está deixando são os pagamentos dos servidores, pagamento dos fornecedores e a continuidade de obras”, informa o futuro prefeito.
Para se contrapor a essa situação crítica, ele declarou ao Diário do Aço que pretende analisar todos os contratos em vigor e convocar os fornecedores, a fim de formular uma possível programação de pagamento.

Já em relação aos salários dos servidores, Hilário disse que pretende conversar com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Timóteo (Sinsep Timóteo), para realizar análise em conjunto. “O governo atual deixou a segunda parcela do 13º salário para ser pago em janeiro, contudo, não há nenhuma reserva para bancar este pagamento. Temos uma folha e meia a ser paga no primeiro mês e não temos caixa”, resume.

A estratégia pensada para quitar o 13º salário também foi a de negociar com o sindicato dos servidores uma programação e o parcelamento de pagamento.

O prefeito diplomado ainda destaca a necessidade da conclusão de obras que possuem verbas do governo federal. “Aqui em Timóteo, existem diversas obras que receberam verbas federais e necessitam da contrapartida do município. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) é um exemplo disso. O governo federal mandou o dinheiro e, na hora de o município entrar com a sua parte, não tinha o recurso em caixa. A UPA ainda não está acabada e não possui nenhum equipamento para realizar o atendimento à população”, lamenta Geraldo. De acordo com o prefeito, as obras da UPA, no bairro Primavera, terão continuidade de acordo com as condições do município.

Prioridades

Para Geraldo Hilário, a prioridade para os primeiros meses de 2017 é atender aos servidores. “Além da questão do pagamento do 13º salário, necessitamos de trabalhar com a valorização do servidor público, do relacionamento, reciclagem, capacitação. Deste modo, teremos uma melhoria no serviço público e a comunidade será afetada positivamente”, salienta o prefeito.

O futuro gestor municipal de Timóteo reiterou ao DA que, no início da administração, os dois principais focos serão o atendimento na área da saúde e melhorias no setor de limpeza urbana.

“Voltamos para os pedidos que a comunidade nos fez durante a campanha, e neles estava o apelo no sentido de se implantar um bom relacionamento entre servidor e munícipes na área da saúde e outras questões ligadas à limpeza urbana. Precisamos, por exemplo, regulamentar o descarte de entulhos, que é um problema em nossa cidade”, confirma Hilário.

Posse

A solenidade de posse, tanto do prefeito, vice-prefeito, quanto dos vereadores de Timóteo está agendada para as 17h, no Ginásio Coberto Iorque José Martins, no Centro Comercial.