27 de dezembro, de 2016 | 15:06

A verdadeira função do espírito na vida

Logosofia

Nas esferas ilustradas, ali onde a cultura alcança suas manifestações mais elevadas – isto é, na arte, na ciência, na literatura e na filosofia –, o espírito sempre foi e é, sem variar, o principal colaborador, ainda que permaneça como incógnita aos olhos do mundo. Lá, excepcionalmente, ele é reconhecido como legítimo autor de alguma obra extraordinária.

Sempre se prestigiou a inteligência, a genialidade, quando o homem conseguiu alcançar a auréola da glória. Dizem que a inteligência e a genialidade são parte do espírito; que são sua manifestação mais eloquente naquelas vidas que sobrepujaram as condições comuns.

Estou de acordo, mas é também certo que, em caso algum, se observam indícios de que existe uma consciência cabal da atividade do espírito ou, melhor ainda, a consciência de sua intervenção direta no desenvolvimento das ideias até sua objetivação final. Não resta dúvida de que se esteve ali em contato com o espírito, mas involuntariamente, sem se ter, como o disse, consciência cabal do fato.

Na realidade, o que o espírito quer é assumir plena e conscientemente a condução de nossa vida. Desse modo, enquanto não alcancemos o convencimento de que devemos aceder a tão benevolente exigência, será muito difícil encararmos com possibilidades de êxito a empresa do próprio aperfeiçoamento.

A inteligência é o grande nervo psíquico do espírito

A fisiologia é, com respeito à vida do corpo físico, o que a psicologia, exaltada à sua finalidade transcendente, é para a vida do espírito. Por conseguinte, constitui uma aberração o fato de o espírito permanecer alheio ao que forma parte de sua própria natureza.

A inteligência, com seu vastíssimo campo de atividade e suas imensas possibilidades extrafísicas no mundo mental é, queira-se ou não, o grande nervo psíquico do espírito. Mas é forçoso fazer aqui uma ressalva, para dizer que a inteligência, quando funciona inconscientemente, fica amiúde anulada pela inércia mental e afetada de forma direta pela ignorância.

Outra coisa é quando ela vence, instada por anelos íntimos e elevados, a oposição pertinaz de certos pensamentos, como os que fomentam a dúvida, a indiferença, o pessimismo, e muitos outros que travam seu mecanismo magnífico. Tudo muda e tudo se transforma, então, no pensar e sentir do homem; numa palavra, os pensamentos e os sentimentos se "hierarquizam", deixando de satisfazer os afagos da terra para buscar as alturas límpidas do mundo superior. É aí que o espírito começa a nos governar, podendo-se comprovar ser ele muito mais acessível do que supúnhamos. Nós mesmos o tínhamos tornado inacessível, ao encantoá-lo no lugar menos pensado e menos sentido de nosso ser. (Do Livro O Senhor de Sándara – Gonzáles Pecotche).

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