10 de janeiro, de 2016 | 10:50
Crimes violentos contra a vida crescem 4,3% em 2015
Ipaba registra o maior crescimento e Timóteo a maior queda em assassinatos
DA REDAÇÃO – Do dia primeiro de janeiro a 31 de dezembro de 2015, 171 pessoas morreram assassinadas em 16 municípios do Vale do Aço. O número é 4,3% maior do que o registrado no mesmo período de 2014, quando foram contados 164 crimes violentos contra a vida.
Os quatro municípios que integram a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) - Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso -, concentraram 127 ocorrências do total verificado ano passado.
Já, entre os 16 municípios da pesquisa, Ipaba registrou o maior crescimento de homicídios ano passado: 37,5%. E Timóteo teve o maior índice de queda: 33,3%.
Por crimes violentos contra a vida, esse estudo feito com base em notícias divulgadas ao longo do ano pelo DIÁRIO DO AÇO, leva em conta não só os homicídios e feminicídios, mas também latrocínios, mortes por legítima defesa e inclui as pessoas que morreram depois de algum tempo de internação hospitalar por causa de atentados contra a vida e outras formas de extinção da vida de uma pessoa por outra.
Consolidado
Em 2015, Coronel Fabriciano foi a cidade da região com o maior registro de assassinatos consolidados, 48. O número é 4,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 46 crimes contra a vida no município. Em números absolutos, foi o lugar onde mais se matou em 2015.
Ipatinga fechou 2015 com o segundo maior número da região, 47 homicídios, sete a mais em relação a 2014, o que representa a um aumento de 17,5%.
Pesou na estatística de Ipatinga a ocorrência de dois crimes em que houve duplo homicídio, um no bairro Bom Jardim e outro no bairro Ideal.
Também há um caso atípico, o do recém-nascido encontrado sem vida dentro de um banheiro em um campus universitário do bairro Bom Retiro. Os exames da medicina-legal comprovaram que o bebê nasceu com vida e foi abandonado para morrer. O Ministério Público trata o caso também como homicídio.
Maior queda
Timóteo apresentou a situação mais positiva na abrangência da pesquisa. Apesar de ter registrado 20 mortes violentas em 2015, esse número é 33,3% menor do que o de 2014, quando houve uma escalada de crimes violentos contra a vida e o município cadastrou 30 assassinatos.
Paulo Leite / DA
relatório homicidios 2015
Crescimento
Outros três municípios aparecem com destaque negativo no levantamento do DIÁRIO DO AÇO sobre crimes violentos contra a vida. O caso mais preocupante é o de Ipaba.
Santana do Paraíso teve o terceiro maior número consolidado de assassinatos em 2015 na RMVA. Fechou o ano com 13 casos, número 18,2% maior do que os 11 do ano de 2014.
Já, em Belo Oriente, houve registro de 11 crimes violentos contra a vida ano passado, com aumento de 22,3% em relação aos 9 constatados em 2014.
Ipaba também fechou 2015 com 11 assassinatos e apresenta uma escalada da violência contra a vida em relação ao ano anterior, quando foram contados 8 homicídios, crescimento de 37,5%, o maior índice da região ano passado.
Estável
Pingo D’Água, Bom Jesus do Galho e Joanésia tiveram quatro assassinatos cada. Jaguaraçu e Marliéria tiveram, cada um, dois homicídios ano passado. Naque, Açucena, Antônio Dias, Braúnas e Córrego Novo, um assassinato cada um.
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Jovens permanecem como principais vítimas de mortes violentas
Entre os 47 crimes violentos contra a vida em 2015, em Ipatinga, 32 envolviam jovens, com idade inferior a 30 anos. A faixa que mais teve baixas foi a de 18 anos, com cinco pessoas assassinadas. As estatísticas apontam ainda pessoas com 21 anos (4 baixas); 16 anos (3) 17 anos (3) 23 anos (3), 27 anos (3) e 15 (1).
O quadro é semelhante em Timóteo. Dos 20 assassinados no município, 4 são menores de 18 anos e 12 tinham entre 18 e 30 anos.
Em Coronel Fabriciano, foram assassinados quatro menores de 18 anos, 23 pessoas com idades entre 18 e 30 anos, e 13 com idades entre 30 e 40 anos.
Em Santana do Paraíso, de um total de 13 assassinatos, três vítimas tinham menos de 18 anos. Quatro pessoas tinham entre 18 e 30 anos.
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