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17 de dezembro, de 2015 | 13:43

Água do rio Doce ainda poluída

Passados quase 60 dias de catástrofe com lama da Samarco/Vale/BHP resíduos escoam pelo rio até hoje


Quase dois meses depois da catástrofe ambiental com o rompimento da barragem de Fundão, na área de mineração da Samarco, controlada pela brasileira Vale e a angloaustraliana BHP Billiton, em Mariana, a água do rio doce ainda está com uma coloração anormal.

O pouco de chuva do mês de dezembro só tornou o rio mais sujo porque, obviamente, a enxurrada removeu mais lama que ficou agarrada às margens do rio quando da passagem da “onda” de rejeitos em 5 de novembro passado.

Mas também tem a lama da área da estouro da barragem, que continua a escoar para os afluentes que chegam ao rio Doce.

Por isso, quem vai à ponte metálica entre Santana do Paraíso e Caratinga vê a água com a coloração avermelhada até hoje. O pobre rio Doce vai renascer? Deve se perguntar quem vê a cena desagradável. Bem, a resposta só a mãe natureza poderá dar daqui a alguns anos.

A Samarco divulgou que o plano para a contenção do material ainda não tem previsão para ser concluído.

Enquanto isso, moradores dos municípios ao longo do curso d’água sofrem para conseguir água limpa. No distrito de Perpétuo Socorro, em Belo Oriente, e na cidade de Governador Valadares, as pessoas ainda estão na fila para pegar água mineral para o consumo humano, uma vez que a água captada no rio Doce ainda não está apropriada para cozinhar e beber.

A assessoria da Samarco informou que a mineradora começou a construir diques capazes de reter 2,7 milhões de sedimentos. O objetivo é liberar a água mais limpa e barrar o material sólido, evitando que a chuva leve mais sedimentos para o rio Gualaxo, que deságua no rio Doce.  [[##1125##]]

Outras ações informadas pela mineradora são a dragagem da barragem de Santarém, aquela que se pensava que também tinha rompido, mas foi apenas danificada por cima, com a enxurrada de Fundão, uso de sacos de tecido especial para o armazenamento dos rejeitos e limpeza das áreas atingidas nas cidades de Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado.

JÁ PUBLICADO:

O mar ficou amarelo com a lama da Samarco - 23/11/2015

Água e lama da catástrofe passaram pelo Vale do Aço - 07/11/2015

 
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