24 de outubro, de 2015 | 20:00

Moradora de Joanésia completa 100 anos

Centenária esbanja animação, alegria, saúde e vitalidade


DA REDAÇÃO - Chegar aos 100 anos de idade com saúde e vitalidade não é muito comum. São raros os casos de velhice saudável em um país onde a expectativa de vida hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 2014, atinge 75 anos tanto para homens quanto para mulheres.

No caso de Minas Gerais a expectativa de vida supera a nacional, e  alcança a média de 76,4 anos, a quinta maior entre os estados brasileiros. Para as mulheres mineiras, os números são ainda melhores. A pesquisa mostra que elas podem viver em média quatro anos a mais, atingindo 79,4 anos.

No Vale do Aço uma mulher chegou aos 100 anos de vida esta semana com muitas comemorações. Eunice Anício da Silveira nasceu em 21 de Outubro de 1915 em Joanésia, onde reside até hoje. Para a filha, Maria de Lourdes Lage, que mora em Ipatinga, é uma data especial e precisa ser comemorada porque raríssimas vezes alguém consegue chegar aos 100 anos.

As comemorações começaram em Joanésia com a celebração de uma missa no dia 21, data do aniversário, e uma festa neste sábado (24/10) no Clube dos Pioneiros, no bairro Bom Retiro, em Ipatinga, que reuniu familiares e amigos, o que somou mais de 400 pessoas.

Animada, alegre, esbanjando saúde e vitalidade, Eunice Anício disse que sempre viveu na roça. “Nunca fiquei doente, não tomo remédios”, disse ela. “O segredo de viver tanto é levantar e dormir cedo. Tomava muito leite, trabalhava muito e só comia o que produzia nas terras onde morava”, completou.

Wôlmer Ezequiel


Eunice centenária


Eunice se casou em 26 de fevereiro de 1932, aos 16 anos, com Oswaldo de Carvalho Lage, com quem viveu 74 anos e dez meses. Ele morreu há oito anos, próximo de completar os 75 anos de casados. O casal teve 15 filhos no total. Dois morreram ainda crianças. Os demais 13 filhos estão vivos, dez mulheres e três homens.

As dez filhas mulheres tem o mesmo nome inicial, Maria, das quais duas são gêmeas. A explicação para o nome é que, segundo Eunice, o pai era muito devoto de Nossa Senhora, mãe de Jesus. Já os homens, um se chama Sebastião e os outros dois, Augusto. “Meu marido era muito esquecido, foi registrar o menino e voltou dizendo que colocou o nome homenageando o pai. Ele não se lembrou que já tinha um filho com o mesmo nome”, comentou Eunice, sorrindo.

Números

Os 100 anos de vida e 13 filhos renderam números que impressionam. Hoje são 59 netos e 62 bisnetos. Sobre a vida atual, Eunice disse que tudo é mais fácil. “Hoje tem babá, eu nunca tive. Lá em casa as maiores olhavam as menores e todo mundo trabalhava, tinha que socar arroz no pilão, torrar café, trabalhar para comer. Nós colhíamos muita abóbora,  mandioca, muito milho, tudo natural, muita galinha e capado”, afirmou.  “Hoje é muito mais fácil, tem tudo pronto, é só ter o dinheiro e comprar. Hoje até mulheres da roça vêm na cidade para comprar abóbora”, citou Eunice, que apelidou o telefone celular de “capetinha” porque segundo ela dá noticia de tudo.

As filhas de Eunice estão espalhadas na região. São três residindo em Ipatinga, uma em Santana do Paraíso, duas em Belo Horizonte e quatro em Joanésia. Os homens, dois estão em Joanésia e outro em Coronel Fabriciano.
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