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12 de junho, de 2015 | 10:33

Ricardo Maia: foi-se embora um grande professor

Produtor cultural e professor de artes cênicas deixa um legado de feitos culturais no Vale do Aço


DA REDAÇÃO - O professor de Artes Cênicas e reconhecido produtor cultural, Ricardo Maia Xavier, 56 anos, também conhecido como Ricardinho, morreu nesta sexta-feira, vítima do agravamento de problemas de saúde.

Ele era cardiopata e, recentemente, iniciou o tratamento de um câncer. No começo dessa semana, seu quadro de saúde piorou e ele foi hospitalizado. Não resistiu e veio a óbito. 

O corpo de Ricardo Maia foi velado na tarde dessa sexta-feira, no cemitério Vale da Saudade, em Coronel Fabriciano, e o sepultamento, ocorreu às 17h.

Ricardo Maia Xavier era produtor cultural, iluminador e diretor teatral desde o fim da década de 1970. Ao longo de sua vida, integralmente dedicada ao movimento cultural,  formou uma grande leva de novos talentos das artes cênicas e também de produtores culturais, no Vale do Aço.

A jornalista Andressa Moreira lamentou a partida de Ricardo Maia e postou hoje cedo, em sua página pessoal, em uma rede social, que o dia hoje amanheceu muito triste. Ao Portal Diário do Aço, ela escreveu o que sente. 

"Fui uma privilegiada por ter convivido com o Ricardinho nesses últimos nove anos. Foi meu professor de teatro e grande amigo. Tinha um coração que não era desse mundo. Eu e a mãe dele, Dona Yole, fomos vizinhos durante algum tempo no bairro Santa Helena, em Fabriciano. Jantávamos juntos quase todas as noites. Quanta coisa eu aprendi nesse tempo. Era meu diretor artístico e iluminador mestre dos meus shows e espetáculos. Um homem bem adiante do tempo. O que fica é a saudade."

Curriculo extenso 

Ao longo dos últimos seis anos, Ricardinho dedicava-se ao projeto Interferências Cênicas, em que realizou diversas oficinas, cursos e atividades no Vale do Aço e em cidades vizinhas.

Iniciação teatral, interpretação para novos atores, preparação vocal, balé clássico e dança para crianças e jovens foram apenas alguns dos cursos oferecidos de forma gratuita à comunidade. Nos últimos anos também realizou, no Vale do Aço, oficinas voltadas para jovens e adultos. Ajudou a fundar,  e foi ator e diretor da Casa de Cultura de Coronel Fabriciano, de 1976 a 1983.

Também foi Assessor Cultural e Curador Artístico do Teatro da antiga Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Campus Coronel Fabriciano (hoje Unileste).

Foi idealizador e fundador do Teatro do Unileste, inaugurado em 1987. Entre os grandes projetos dos quais participou, estão a construção dos teatros: Usicultura, Zélia Olguin e Fundação Acesita.

Entre as obras das quais participou como diretor, em 2010 dirigiu a montagem de "Rabo de Olho" do poeta Jefferson Silveira, com participação especial de Francis Hime e Olívia Hime.

Outra perda no fim de semana:

Fernando Brant sepultado no Cemitério do Bonfim - 13/06/2015
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