24 de março, de 2015 | 16:00

Mulher destrói imagem sacra em Belo Oriente

Com uma enxada ela tentou arruinar a representação do Cristo e Maria


Atualizada às 9h30, em 25/03. 

BELO ORIENTE – A imagem sacra à frente da igreja matriz de Nossa Senhora da Piedade, no centro do município, começou a ser restaurada nesta quarta-feira, 25. O trabalho de reparação é feito por voluntários, informou a igreja. Na terça-feira, um ato inusitado provocou a indignação de populares na cidade: com uma enxada, uma mulher de 48 anos tentou destruir a representação de 2 metros de altura inspirada na escultura Pietá, de Michelangelo. A imagem sofreu vários danos até que a mulher fosse contida. 

O caso ocorreu na manhã de terça-feira, por volta das 10h30. A Polícia Militar foi acionada e a dona de casa foi flagrada desferindo golpes de enxada na imagem. A enxada foi apreendida e a mulher conduzida à delegacia de polícia, onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

O pároco da igreja, padre Luiz Carlos Macedo, disse ao DIÁRIO DO AÇO que descansava na casa paroquial quando um popular entrou em desespero e contou que alguém destruía a imagem à frente do templo. O religioso correu até a igreja, onde presenciou a cena.

José Dias Sorriso/Portal Rádio Livre


imagem sacra belo oriente
O sacerdote contou que, enquanto desferia os golpes, a mulher conversava com a imagem, a indagava se não iria reagir, e cantava músicas cristãs. “Ela estava muito nervosa”, relatou. A dona de casa não resistiu à ação policial, mas não comentou sobre a motivação de seu estranho comportamento.

“Houve uma comoção na cidade muito grande. A imagem não tem valor material elevado, mas para nós tem representação e sentimento. Há um sentimento religioso muito grande e não há dinheiro que pague por isso”, desabafou o padre.

O caso teve grande repercussão nas redes sociais. No canal do DIÁRIO DO AÇO no Facebook, pessoas expressaram indignação e repudiaram a atitude da dona de casa. “Vi muitos evangélicos não concordando com a atitude dela. Estou aqui há 20 anos e sempre tivemos uma convivência harmoniosa entre as religiões. É um caso isolado de fanatismo religioso na cidade, que lamentamos”, disse o padre. 

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