16 de setembro, de 2014 | 00:00

A reforma da igrejinha em Timóteo

A proposta é ampliar o templo para o subsolo, onde haverá capacitade para 1,2 mil pessoas sentadas


TIMÓTEO – Teve início nessa segunda-feira, 15, a exposição do projeto para a reforma e ampliação da histórica Igreja Matriz São José de Acesita, a “Igrejinha do Centro”, localizada no bairro Centro-Norte.

O projeto, em exposição no salão de entrada da Prefeitura de Timóteo, é assinado pela Grau Arquitetura, de Ipatinga, e foi elaborado ao longo de oito meses. Um dos arquitetos responsáveis, Vinicius Ávila, afirma que foi possível a elaboração de uma “intervenção respeitosa e que preserva as características da edificação”.

A expansão da igreja para os espaços vazios em seu entorno foi descartada. O projeto criado pela Grau, e com o parecer positivo da Promotoria Estadual do Patrimônio Histórico, sugere a ampliação do templo para o subsolo.

Dessa forma, no pavimento inferior da igreja estão previstos, conforme a planta, uma assembleia que comportará 1.186 pessoas sentadas, novo altar, ambão (púlpito), batistério, sacristia, reserva eucarística, confessionários e depósito. É proposto também um acesso subterrâneo direto da sacristia até o edifício paroquial.

Na área da praça, é proposta a criação de um espaço de convívio, com a construção de um átrio. O estacionamento atual será suprimido, destinado ao uso exclusivo dos pedestres. A exceção é para a via de acesso de veículos para o pavimento inferior que cruzará o terreno longitudinalmente em uma de suas laterais. Um campanário contará com elevador e escada.

 

Preservação

Grau Arquitetura/Divulgação


projeto igrejinha


A igreja, na superfície, será preservada em sua fachada, volumetria e no enquadramento. Nas alterações previstas, é proposta a troca de telha cerâmica por material translúcido e a supressão de parte do piso para criação de um mezanino e comunicação visual com o pavimento inferior, dentre outras modificações.

Vinicius Ávila informa que ainda não é possível definir o custo total da obra, uma vez que o projeto aguarda aprovação do município e a posterior elaboração dos projetos complementares de engenharia. Todavia, é possível estimar intervenções entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões, com prazo médio de execução de dois anos.

A igreja, construída em 1947, pela antiga Companhia Acesita, é considerada uma das primeiras construções do centro comercial de Timóteo, antigamente chamado de Centro de Acesita. Com a polêmica notícia da reforma, a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural de Timóteo havia instaurado Inquérito Civil para apurar o fato e obteve uma liminar proibindo qualquer modificação da fachada ou que descaracterizasse a construção original, devido ao seu valor histórico comprovado por meio de laudo técnico. O processo ficou suspenso até o mês passado, quando a Promotoria Estadual do Patrimônio Histórico, em Belo Horizonte, aprovou as intervenções.

Os visitantes da exposição poderão conferir além da proposta final para a nova edificação, todo o processo de concepção e conceituação que norteou o trabalho dos arquitetos contratados pela Paróquia de São José de Acesita ou Igreja de São José Operário, como sempre se referia o lendário Padre Abdala Jorge.

O escritório responsável pelo projeto está sediado no bairro  Horto, e tem como responsáveis os arquitetos e professores do Unileste, Cássio de Lucena, Vinícius Ávila e Carla Paoliello.

Entenda

Desde o começo de 2013 a reforma da Igreja de São José de Acesita foi alvo de intensos debates. O atual pároco defendia a reforma da igreja, com a otimização do espaço de propriedade da igreja ao redor do templo atual, que não comporta o público nas celebrações.

A comunidade - em especial as pessoas que conviveram com o Padre Abdala Jorge, iniciaram uma reação à proposta e seguiu-se intenso debate entre os defensores da reforma e os que queriam a preservação do patrimônio histórico. O caso foi parar na Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, que estabeleceu as diretrizes para a  reforma. 

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