03 de julho, de 2014 | 10:25

Operação Hora Certa

Preso em Ipatinga jovem suspeito de ser maníaco estuprador e assaltante

Atualizada - 18h55

 

IPATINGA – Um jovem, de 21 anos, está preso preventivamente em Ipatinga, acusado de uma série de roubos seguidos de estupros das vítimas. Erivaldo Almeida, de 21 anos foi alvo da Operação Hora Certa, coordenada nesta quinta-feira pela Delegacia de Mulheres de Ipatinga, no cumprimento de um mandado judicial de busca, apreensão e prisão na casa de Erivaldo, no distrito de Barra Alegre.

 

Erivaldo foi preso nas primeiras horas do dia. Com ele, a polícia apreendeu vários objetos femininos, provavelmente pertencentes às vítimas. A titular da Delegacia de Mulheres, Lívia Athayde, explicou que há cinco anos, quando tinha 16 anos, Erivaldo foi apreendido pela primeira vez. Ele estuprou e assaltou uma médica, rendida por ele ao sair do local do trabalho dela, no bairro Cidade Nobre. Na época, ao fugir no carro da vítima, acabou por se envolver em um acidente.

 

Erivaldo foi internado, cumpriu medida socioeducativa em um centro especializado, em Sete Lagoas. Deveria ter cumprido dois anos e meio de internação, porém, conforme estabelece a lei, foi liberado ao chegar à maioridade.

 

Aparentemente, Erivaldo não cometia mais crimes e tinha voltado a trabalhar, mas a Polícia Civil acredita que ele fez novas vítimas que, temendo os impactos da repercussão do caso, não denunciaram a violência sexual. “Muitas vítimas que procuram a delegacia ou a Polícia Militar, falam apenas do roubo. Por medo, ou até mesmo vergonha, algumas mulheres não relatam o estupro. Mas as investigações ainda estão abertas e a delegacia está de portas abertas para que outras vítimas venham e façam denúncias”, acrescentou a delegada.

 

Determinante

Uma das vítimas recentes, entretanto, não se calou. Mediante a condição de sigilo, ela procurou a delegada e relatou que foi estuprada. A denúncia foi determinante para a prisão de Erivaldo. A vítima relatou que, durante o crime, o jovem usou de todo tipo de perversão, semelhante ao crime praticado há cinco anos contra a médica. 

 

A partir deste novo caso, foi pedida a prisão preventiva, acatada pela Justiça da Comarca de Ipatinga, que expediu o mandado, cumprido nesta quinta-feira. “Na terça-feira uma vítima nos procurou e fez a denúncia do caso. De imediato começamos as investigações, para que o sujeito fosse identificado com urgência e outras mulheres não fossem vítimas. Na noite de quarta-feira, fiquei até às 21h no Fórum de Ipatinga para conseguir os mandados e, já na manhã de quinta-feira, fomos até a residência do suspeito”, explicou a delegada. 

 

Livia Athayde ainda falou que Erivaldo era violento durante os crimes. “Sabemos que ele praticava os estupros de forma cruel, agindo com violência e forçando as vítimas a praticarem também  sexo oral e anal, além de mantê-las presas nos porta-malas dos veículos. Ele vigiava as vítimas, já chegava com sua moto próximo aos carros delas e as levava a um local ermo. Nesse instante, praticava o ato sexual de forma cruel. A vítima que veio até a delegacia, por exemplo, esta bastante traumatizada”, explicou Lívia Athayde.  

 

Objetos

 

Erivaldo Almeida tinha costume de roubava objetos das mulheres que estuprava e os guardava como se fossem “troféus”. Na casa dele foram apreendidos telefones celulares, relógios, joias e bijouterias, que a polícia acredita tenham sido furtadas das suas vítimas. “Acreditamos que há uma relação com cada vítima esses objetos que apreendemos. Ele, inclusive postava fotos desses objetos na conta dele, no Faceboo. A mãe dele negou posse de tudo, inclusive dos perfumes femininos e bijouterias”, afirmou a delegada.

 

Para o ataque às mulheres, Erivaldo usava uma réplica de pistola semiautomática, também apreendida. A polícia ainda apreendeu, na casa de Erivaldo, o seu computador. O histórico de navegação mostra que ele tinha, entre quatro paredes, uma vida muito diferente da que manifestava na sua página de relacionamentos no Facebook, atualizada frequentemente com mensagens de teor evangélico.

 

Em casa, Erivaldo frequentava páginas online de conteúdo pornográfico e até zoofilia (definido por alguns autores como desvio de comportamento sexual – parafilia - que se define pela atração ou prática sexual de um ser humano com animais de outras espécies).


Veja outro caso parecido na região:

Suspeito de estupros e assaltos no Vale do Aço é preso em Salvador

 


[[##450##]]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Suspeito usava foto do vizinho no WhatsApp

 

No telefone celular de Erivaldo Almeida, os investigadores da Polícia Civil descobriram que ele criou uma conta no WhatsApp, mas usava uma fotografia de seu vizinho, no distrito de Barra Alegre. Ouvido pela polícia, o vizinho explicou que, recentemente, ia jogar fora um chip da operadora Tim. Erivaldo pediu para ele o chip, onde estava memorizada a foto. Desta forma, a conta criada por Erivaldo usava a foto do conhecido e não a própria imagem. Para a polícia, foi uma forma de tentar escapar de uma prisão, caso mantivesse contato com alguma vítima por meio dessa mídia social.

 

O vizinho explicou ao DIÁRIO DO AÇO que se assustou quando soube do caso. “A polícia chegou a me procurar, acreditando que eu era o autor. Mas quando contei a história, eles chegaram até o Erivaldo. Éramos amigos, mas ele fazia essas sacanagens e usava meu nome, minha foto. Se não conseguisse provar minha inocência, eu quem estaria preso agora”, desabafou.

 

Meticuloso para evitar provas 

 

A polícia também acredita que Erivaldo voltou a cometer crimes sem ser descoberto porque, após a prisão, ocorrida em 2009, passou a adotar medidas meticulosas para não deixar pistas. Um dos cuidados que tinha era evitar ejacular nas mulheres, para não deixar provas biológicas. Há cinco anos, foi justamente a prova biológica de seu esperma que serviu para comprovar a autoria do estupro de uma de suas vítimas.

 

Atualmente, o Erivaldo Almeida trabalhava em um restaurante no bairro Bom Retiro. Os últimos crimes que a Polícia Civil atribui a ele foram em bairros nobres de Ipatinga. A delegada Lívia Athayde evitou detalhar os locais para evitar possibilidades de identificação das vítimas.

 

Erivaldo Almeida foi preso preventivamente e será mantido na prisão enquanto responder ao inquérito sobre o caso em que a vítima teve a coragem de denunciar e outros que confessou ter praticado após a maioridade. A polícia espera que, com a divulgação do caso, outras mulheres que foram vítimas do maníaco apareçam para prestar depoimento.

CURTA: DA no Facebook 





SIGA: Twitter: @diarioaco

ADICIONE:  G+




WhatsApp 31-8591 5916

MAIS:


Homem assalta ônibus no Morada do Vale - 03/07/2014

Corpo de Bombeiros comemora 158 anos - 02/07/2014

Invadem casa e agridem proprietário - 02/07/2014

Jovens são flagradas com munição e produtos furtados - 03/07/2014