28 de junho, de 2014 | 00:05

Quem mandou queimar ônibus em Ipatinga?

Policiais temem novos ataques com ordem de presos do Ceresp


IPATINGA - Enquanto os órgãos de segurança não divulgam, oficialmente, a real motivação da ação ousada de bandidos que atearam fogo no ônibus da Autotrans, no bairro Bom Jardim, policiais ouvidos pela reportagem temem novas ações dessa natureza em Ipatinga.

 

Os policiais, que pediram para não serem identificados afirmaram ao DIÁRIO DO AÇO que a ordem para o ataque ao coletivo partiu de dentro do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), onde há informações sobre a existência de aparelhos de celular escondidos nas celas. Com os equipamentos, o contato dos presos com o exterior por meio destes telefones é uma constante.

 

O ataque ao coletivo no Bom Jardim, dizem as fontes policiais, foi em retaliação a ação que evitou as fugas do Ceresp, na madrugada de quarta-feira (25), quando agentes penitenciários e policiais militares agiram rápido e evitaram que vários detentos ganhassem as ruas.  

 

Por causa do tumulto e até por segurança, em função as celas danificadas, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) decidiu fazer a transferências de presos que têm poder de liderança. Horas depois, aconteceu o ataque ao coletivo da autotrans. 

 

“Não dá para mascarar este tipo de atitude. Falam que são ‘bandidos pé-de-cachorro’, mas em dois anos já mataram policial, queimaram ônibus e ainda roubaram como nunca”, comentou um policial que pediu para não ser identificado.

 

 

Linha ficou com menos um ônibus 

Wellington Fred


ônibus incendiado


O ônibus incendiado na noite de quarta-feira, 25 de junho, no bairro Bom Jardim, era um Mercedes Benz modelo 1722. O veículo equipado tem valor estimado em R$ 300 mil, informou o gerente administrativo da Autotrans, Anivair Dutra Silva. Esse foi o segundo ataque, com perda de um veículo em Ipatinga. No fim da noite de 29 de março passado, um bando formado por sete pessoas invadiu e incendiou outro ônibus no bairro Planalto, em retaliação à morte de dois amigos, um deles, morto a tiros na noite de 28 de março e outro, morto em um acidente na BR-458, durante fuga ensandecida em um carro roubado em Iapu. 

 

No caso dessa semana, o itinerário Centro/Bom Jardim ainda não teve a reposição do ônibus que saiu de operação após o ataque. “Não temos carro reserva para substituir imediatamente. O que temos é ônibus reserva para manutenção. Infelizmente, a população é prejudicada quando há uma ação dessa natureza”, explicou o gerente. 

 

Anivair acrescentou que a empresa não tem o que fazer em relação à segurança. “Contamos com a polícia para isso. O que temos é uma série de horários que precisam ser atendidos e os carros precisam circular. No máximo colocamos câmeras nos coletivos”, concluiu. 

 

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