19 de fevereiro, de 2014 | 00:00

Magistrada de Ipatinga assumirá cargo de desembargadora do TJMG

Natural de Inhapim, a juíza Maria Aparecida Grossi atua no Vale do Aço há 21 anos


IPATINGA – A juíza de direito, titular da 2ª Vara Cível da comarca de Ipatinga, Maria Aparecida de Oliveira Grossi Andrade, assumirá o cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) no próximo dia 24. Natural de Inhapim, Grossi iniciou carreira na magistratura em 1989, como juíza auxiliar. Em entrevista ao DIÁRIO DO AÇO, em seu gabinete no Fórum Valéria Vieira Alves, a recém-nomeada desembargadora classificou a promoção como “um novo desafio”. 

A assessoria de Comunicação do TJMG, confirma que Maria Aparecida é a primeira juíza a deixar uma comarca do interior para ocupar o cargo no Tribunal. A votação que a definiu como desembargadora ocorreu na última quarta-feira (12), no órgão especial do Tribunal de Justiça, responsável pelas promoções, após a aposentadoria de Sebastião Pereira de Souza. “Terminada a votação, por volta das 18h, me ligaram informando que a promoção tinha ocorrido. Fiquei satisfeita porque é a coroação da minha carreira e estou conseguindo galgar mais um degrau, chegando ao topo da carreira”, declarou. 

Questionada se o cargo é a pretensão de todo juiz, ela acredita que sim. “O juiz começa na comarca inicial, depois final e, por fim, passa para a especial. Esse grupo de entrâncias compõe o primeiro grau de jurisdição, a primeira instância dentro do Poder Judiciário, depois vem a segunda instância, que abrange o cargo de desembargador, são juízes promovidos para o Tribunal de Justiça. Acredito que todos querem chegar ao posto (mais alto) em sua carreira”, avalia.  

Titular da 2ª Vara Cível, Maria Aparecida ocupará uma vaga na 16ª Câmara Civel, que tem competência residual e todos os assuntos que não forem de família, sucessões, falência, recuperação de empresas, questões ligadas ao meio ambiente e direito público, desaguam nessas Câmaras.

Comarca especial
Em seu período de atuação em Ipatinga, a juíza recorda do trabalho realizado em 2001, época da lei de mudança de organização e divisão judiciárias de Minas Gerais, quando os magistrados das comarcas de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo conquistaram a elevação para a entrância especial.

Ela explica que foi invocado o princípio da isonomia, assegurando a elevação antes mesmo das comarcas de Juiz de Fora, Betim, Uberlândia, Governador Valadares, Uberaba e Montes Claros. “Hoje somos mais ou menos 500 juízes de comarca especial e o Tribunal é composto de 130 desembargadores, sendo que 26 não são da magistratura, de modo que apenas 104 são juízes de carreira”, relatou.
De um modo geral, a juíza não menciona nem um caso julgado por ela como destaque, em razão do grande volume de processos. Conforme explicou, todos os processos tiveram a mesma dedicação, independentemente da matéria.

Desafio
A juíza classifica a promoção como um novo desafio que enfrentará em sua vida profissional, após ter atuado em cargos como o de delegada de Polícia em 1983, e promotora de Justiça, de abril de 1984 até o ingresso na magistratura, em 1989.

“Atuei como juíza de Vara Civil, fiquei na turma recursal do Juizado por 15 anos. Foi uma carreira longa. Sei que é um novo desafio, mas acredito que a experiência dos anos trabalhados contribuirá para que (eu) consiga trilhar esse caminho com serenidade, o que é fundamental para exercer a função, sempre com honestidade, porque o juiz deve ter uma conduta exemplar”, declarou. 

Ao deixar Ipatinga, Maria Aparecida adianta que sentirá saudades do município que aprendeu a gostar em razão da qualidade de vida e, acima de tudo, por causa das pessoas. “Todos muito receptivos e acolhedores. É bom viver aqui. Sei que vai ser difícil viver em Belo Horizonte, devido à rotina agitada e a turbulência, ao contrário daqui. Levo comigo muita coisa boa, sendo as pessoas a melhor parte”, concluiu.
 
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