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04 de janeiro, de 2014 | 00:05

Uma morte violenta a cada dois dias e meio

Enquanto em 2012 foram registrados 123 assassinatos, em 2013 esse número saltou para 141, somente na RMVA


Em 2013 os crimes violentos contra a vida cresceram 14,60% na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), em comparação com o ano anterior. Enquanto em 2012 foram registrados 123 assassinatos, em 2013 esse número saltou para 141, somente na RMVA. A soma equivale a uma morte a cada 2,5 dias. 

 

A estatística é resultado de um levantamento do DIÁRIO DO AÇO, que inclui não só os homicídios em que as pessoas morreram no local dos crimes, mas também das pessoas que, gravemente feridas em tentativas de homicídio, morreram posteriormente nos hospitais. O levantamento diário com anotações de dados como nome da vítima, idade e local do crime, inclui, ainda, os latrocínios: roubos seguidos de morte da vítima.

 

Normalmente classificados como crime contra o patrimônio, os latrocínios fizeram duas vítimas em 2013 em Ipatinga. Um dos casos, o segundo crime de maior repercussão no ano que passou, refere-se ao assassinato do comerciante Munir Augusto da Silva, de 50 anos, ocorrido no dia 19 de outubro. O crime ocorreu no interior do seu estabelecimento comercial, com o envolvimento de três jovens.

 

A forma como este levantamento foi feito não confere com os dados oficiais, que sempre apresentavam números menores. 

 

Os crimes violentos contra a vida no Vale do Aço foram destaques negativos em nível nacional e internacional no ano que se encerrou. Foi o ano em que foram executados o repórter Rodrigo Neto de Faria, de 38 anos, em 8 de março, e o fotógrafo freelancer, Walgney Carvalho, em 14 de abril. Estes dois casos, emblemáticos pela natureza das mortes, foram parcialmente apurados. No caso da morte do repórter, dois indivíduos - entre eles um policial civil - foram indiciados e respondem processo na Justiça. Entretanto, até hoje, não foram divulgadas a motivação e o nome do mandante dos crimes. 

 

Outro crime que chocou a comunidade regional, foi o homicídio de Simone Agapito da Silva, de 36 anos, e a tentativa de homicídio de sua irmã, ambas esfaqueadas em uma briga no interior de uma lanchonete em Ipatinga. Simone tinha uma desavença antiga com os autores do crime, que culminou com a sua morte. Diferentemente de grande parte dos homicídios acompanhados pela reportagem em 2013, este caso teve motivação pessoal. Já nos outros registros houve predominância de fatores como dívida de entorpecentes e disputa de espaço para o tráfico de drogas. 

 

A Assessoria de Comunicação da Polícia Civil, em Belo Horizonte, optou por não liberar os titulares das Delegacias de Homicídios no Vale do Aço para abordar os casos. 

 

Colar Metropolitano também sofre com os crimes violentos 

 

Além dos 141 homicídios registrados na Região Metropolitana do Vale do Aço, os municípios do Colar Metropolitano somaram em 2013 um total de 34 crimes violentos contra a vida. No entorno do núcleo urbano do Vale do Aço, os municípios mais violentos foram Ipaba, com 9 homicídios, e Belo Oriente, com 7 assassinatos.

 

Pingo D'Água teve quatro mortes violentas, Naque, Açucena e Antônio Dias, três homicídios cada um, Marliéria e Iapu registraram dois homicídios cada e Joanésia, um assassinato. 

 

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