21 de agosto, de 2013 | 17:55

Amigos e familiares se despedem do médico Geraldo Coelho

A agente de viagens Rosângela Prado Soares, que estava em carro acidentado, foi cremada em Contagem


CORONEL FABRICIANO – Dezenas de pessoas acompanharam, no fim da tarde de hoje, o velório do corpo do médico ortopedista, Geraldo Domingos da Transfiguração Coelho, de 66 anos. Cercados por conhecidos, colegas da medicina e principalmente esportistas, a quem dedicou boa parte de seu tempo profissional, familiares receberam as condolências na capela velório do cemitério parque Vale da Saudade.  

Amigos procuraram destacar o trabalho de Geraldo Coelho como médico ortopedista e seu empenho com a medicina esportiva junto aos clubes profissionais de futebol no Vale do Aço.

Geraldo Coelho morreu em um acidente por volta das 23h30 de terça-feira, ao sair de um acesso ao contorno rodoviário no bairro Mangueiras com o Toyota Corolla placas HHU-9020 de Ipatinga, atingido por uma carreta de carvão vegetal, puxada por um caminhão originário da mesma cidade onde nasceu Geraldo Coelho, Capelinha, no Vale do Jequitinhonha.

O carro tinha como passageira a agente de viagens, Rosângela Prado Soares, de 56 anos, que também morreu na hora. Os dois amigos voltavam de Coronel Fabriciano, onde participavam toda terça-feira de um encontro no Novo Lar Emmanuel, uma casa espírita da qual eram fundadores.

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Cremação

Amigos da agente de turismo, Rosangela Prado Soares, também lamentaram muito a morte dela, em mensagens enviadas, inclusive, para o DIÁRIO DO AÇO.

Natural de Belo Horizonte, a família decidiu pela cremação do seu corpo, no crematório de Contagem, na Região Metropolitana. “Era a vontade dela e a família decidiu acatar”, informou a administradora da SRC Turismo, Sandra Regina.

A SRC é o novo nome da agência de turismo, aberta depois que Rosângela decidiu fechar a Geo Turismo, na avenida Castelo Branco, bairro Horto em Ipatinga.

O corpo de Rosângela foi liberado no fim da tarde de terça-feira para o translado, sem cerimônias fúnebres no Vale do Aço. 

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Acidente no contorno rodoviário mata o ortopedista Geraldo Coelho - 21/08/2013

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Trajetória

Formado na Faculdade de Medicina da UFMG em 1970, pouco tempo depois o Geraldo Coelho veio para Ipatinga, onde começou a prestar serviços no Hospital Márcio Cunha. Especializou-se em ortopedia e cirurgia de joelho, tendo participado de centenas de seminários, simpósios e encontros de atualização em vários Estados do Brasil e dezenas de países. Geraldo Coelho trabalhou no HMC por 37 anos e se aposentou em 2010. Atualmente, ele atendia no Hospital Unimed e em consultórios particulares.

Antes de trabalhar no Ipatinga Futebol Clube, Geraldo Coelho prestou os mesmos serviços voluntários ao Social Futebol Clube. Em entrevista ao DIÁRIO DO AÇO, em 2010, Geraldo Coelho afirmou que nos quarenta anos de medicina realizou uma média de 300 mil atendimentos de pacientes de todos os perfis no Vale do Aço. E resumiu assim sua dedicação ao ofício: “Medicina é como o amor; não existe ‘jamais’, nem ‘nunca’”. 

Despedida
Na tarde de ontem, dezenas de pessoas compareceram ao velório de Geraldo Coelho no Cemitério Parque Vale da Saudade, em Fabriciano. Pessoas ligadas ao campo esportivo, empresários, políticos, médicos, amigos e familiares se reuniram no local para as últimas despedidas do ortopedista. O irmão de Geraldo Coelho, o juiz de Direito José Adalberto Coelho destacou os frutos deixados pelo irmão e lamentou a forma como ele morreu.

“Ele era uma pessoa alegre, comunicativa, solidária, batalhadora. Trabalhou muito tempo nos hospitais da região e sempre fez o bem. Infelizmente, ele morreu em um trecho perigoso, que precisa de solução. Ele que já atendeu tantas pessoas vítimas de acidente, acabou morrendo dessa forma triste”, declarou José Adalberto.

Abatimento
O infectologista Aloísio Benvindo afirmou que a região perdeu duas pessoas muito importantes. “Receber essa notícia foi um baque, estamos abatidos. Geraldo foi amigo, e atuou como ortopedista na cidade por muitos anos”, comentou. O médico destacou também a atuação de Rosângela Soares. “Dentro do seu trabalho na Geo Turismo ela propiciou a muitos a oportunidade de lazer. Na verdade, todo o Vale do Aço perdeu muito”, enfatizou.


O juiz de Direito de Ipatinga, Fábio Torres, salientou o carinho que Geraldo e Rosângela tinham pela região. “A cidade perde um senhor profissional, um cidadão que amava Ipatinga e sempre se dedicou à cidade tanto na área médica, quanto no esporte. Ipatinga amanheceu um pouco carente com a perda de duas importantes pessoas, Geraldo e Rosângela que tinham muito carinho pela cidade”, falou o juiz. O magistrado chamou a atenção para o perigo do trecho onde a fatalidade aconteceu: “Esperamos que seja o último acidente nesse local onde houve tanto outros”. 

Boas lembranças no mundo do esporte

Várias figuras do esporte regional lembraram com carinho da atuação de Geraldo Coelho. O ex-técnico do extinto Ipatinga, Ney Da Matta, lembrou do apoio dado por Geraldo Coelho ao time quadricolor. “Sentimos muito não só pelo profissional, mas também pelo amigo. Quando subimos para a Série B do Brasileiro, no intervalo do primeiro tempo, estávamos perdendo para a Chapecoense por 2 a 0. No meio do caminho até o vestiário, ele falou ‘agora não é hora de desistir e sim acreditar’. Ele sempre nos deu força. Sentimos muito a perda”, frisou Ney da Matta.

 

Wôlmer Ezequiel


velorio 2


 




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