09 de agosto, de 2013 | 00:05

“Pela primeira vez cortaram na própria carne”

Secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, opina sobre investigações das mortes de Rodrigo Neto e Walgney Carvalho


AÇUCENA – Em visita ao Vale do Aço, nessa quarta-feira, 7, o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, falou a respeito do andamento das investigações sobre as execuções do repórter Rodrigo Neto, em 8 de março, e do fotógrafo Walgney Carvalho, em 14 de abril. O Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apresentou em Ipatinga, em 23 de julho, a conclusão de parte das investigações dos assassinatos. Esclareceu sete crimes antigos, com envolvimento de policiais civis e militares e os dois suspeitos de executar o repórter e o fotógrafo.

Rômulo Ferraz destacou o esforço em torno do caso. “Canalizamos um esforço muito grande, procuramos ser severos e rigorosos no enfrentamento do problema. Talvez, pela primeira vez, as instituições foram para o enfrentamento, cortaram na própria carne. Policiais foram presos, transferidos, houve mudança nos comandos”, avaliou. Curiosamente, Rodrigo Neto, em suas matérias sempre ressaltava: “Alguns crimes não são solucionados por acharem não ser conveniente cortar na própria carne”.  

Mas o secretário admite que ainda faltam respostas. “Faltam esclarecimentos. Os executores estão presos, mas é preciso identificar de forma completa os mandantes. Embora, talvez, os mandantes já estejam presos, envolvidos em outras chacinas. Houve esforço do Judiciário. Agora o objetivo é que todos esses casos antigos e os novos sejam levados a julgamento e, se for o caso, que os acusados sejam condenados e recolhidos”, concluiu Rômulo Ferraz.

Executores
Alessandro Neves Augusto, o Pitote, 31 anos, um homem que se apresentava como policial civil, sem pertencer à corporação, e o investigador da PC, Lúcio Lírio Leal, de 22 anos, foram apontados como envolvidos na execução de Rodrigo Neto, e Pitote como executor de Walgney Carvalho, um crime que seria “queima de arquivo”.

No entanto, faltou apontar a motivação do crime e o mandante. A cúpula da PC também detalhou o andamento das investigações de sete casos impunes e com o envolvimento de policiais, denunciados por Rodrigo Neto, entre eles o Crime da Padaria Guerra, execuções do policial da moto verde e a Chacina de Revés do Belém.
 

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