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23 de fevereiro, de 2013 | 00:00

CUIDADO COM SUPLETIVOS

SRE reafirma que modalidade a distância não é aceita em Minas Gerais

FABRICIANO – A busca imediata pela conclusão do ensino fundamental e médio requer cuidados e orientações. Cursos rápidos são oferecidos em vários municípios do estado, mas o certificado de conclusão pode não ser aceito em algumas instituições de ensino. A experiência de um comerciante de Belo Horizonte no Vale do Aço é um exemplo de prejuízo e dor de cabeça.
Em viagem pelo Vale do Aço, o comerciante Renato de Andrade Magualde Filho e a esposa, que residem na capital mineira, se interessaram pelo curso de uma instituição, que oferecia a conclusão do ensino fundamental e médio em 60 dias. Depois de pagar R$ 1.050 pelo curso, o casal descobriu que o histórico continha informações erradas e não seria aceito pela faculdade onde se matricularam.
 
Segundo Renato de Andrade, ao reclamar junto à instituição, recebeu um novo documento, expedido por uma segunda escola, também de outro Estado. “Recebi outro papel com uma declaração de outra escola e me disseram que, se a escola do Rio de Janeiro emitiu histórico errado, eu receberia outro documento de uma escola da Bahia. Pesquisei na internet e, para minha indignação os dois locais, tanto no Rio como na Bahia, não existem”, afirma.
 
Ainda conforme informações de Renato de Andrade, um dos endereços correspondia a um lote vago e o outro, de uma escola de inglês. “Não querem devolver o dinheiro, não querem me passar o contato das escolas para que eu possa verificar se o histórico é verdadeiro. O supletivo foi prestado em 2012 e tem de data de 2009, 2010 e 2011” reclama.
 
O comerciante conta que passou no vestibular e se matriculou na faculdade, porém não pode continuar o curso devido ao problema de validade dos documentos emitidos pelo supletivo.
Wôlmer Ezequiel


Giselia furbino

Inválidos
Em matéria publicada pelo DIÁRIO DO AÇO em fevereiro de 2011, a Superintendência Regional de Ensino (SRE), informou que, em Minas Gerais, os chamados cursos de supletivos a distância estavam sem regulamentação. E a não comprovação da regularização do diploma de outro Estado pode acarretar problemas para o estudante, durante processos de seleção de emprego e até impedir a sequência dos estudos em faculdades, universidades e cursos técnicos.
Mais uma vez, a SRE reafirmou que estas escolas sediadas em outros Estados, na modalidade à distância, não possuem nenhum registro de autorização em Minas Gerais. Por isso, os diplomas não são validados.
Contestação
Segundo Leandro Moreira, diretor da Médio Word Supletivo, onde Renato de Andrade realizou o curso, a empresa funciona há mais de quatro anos e, se não tivesse validade, não estaria em atividade. Ainda segundo ele, o aluno faz as provas no Estado do Rio de Janeiro, e a escola emitente do diploma está autorizada pelo Conselho Estadual de Educação. Depois de negar entrega do histórico para Renato de Andrade, Leandro reafirma que os documentos emitidos pelo curso devem ser aceitos em todo o território nacional.
 
Conclusão de cursos é oferecido gratuitamente
 
Sem dificuldades e sem a cobrança de taxa nenhuma, o governo do Estado de Minas Gerais oferece há 11 anos, em Ipatinga, a conclusão do ensino fundamental e médio para jovens e adultos. O Centro Estadual de Educação Continuada (Cesec), funciona na rua Edgard Boy Rossi, ao lado do prédio da Prefeitura de Ipatinga.
O Cesec é um centro de apoio a jovens e adultos que precisam concluir seus estudos. Segundo a supervisora regional de educação da SRE, Giselia Furbino, o aluno pode efetivar a matrícula e, a partir de 15 anos, concluir o ensino fundamental e depois dos 18 anos, o ensino médio.
O Cesec funciona com duas estruturas para a conclusão dos cursos. A primeira é modular: o aluno estuda os módulos, assiste às aulas das disciplinas que ele precisa concluir dentro do currículo e recebe orientação dos professores. A segunda opção é pela banca permanente de avaliação, que funciona como um exame de supletivo, onde o aluno faz apenas as provas conforme a orientação de cada professor.
 
Giselia Furbino ressalta o funcionamento com equipe multidisciplinar, com capacidade de realizar um bom atendimento aos alunos. “Lá existe um atendimento individualizado com flexibilidade na organização do tempo escolar e respeito ao ritmo de aprendizagem do aluno e sua disponibilidade de tempo para os estudos”, destaca. Atualmente, o Cesec possui aproximadamente 3.200 alunos. A escola funciona durante todo o ano e, em qualquer época, pode ser procurada.
 
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