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03 de abril, de 2011 | 20:02

Tiririca é Pivô de escandalo

Deputado caiu na farra das diárias de viagens pagas pelo contribuinte

Cristiano Borges - AE


TIRIRICA ARTE

DA REDAÇÃO - O deputado federal Francisco Everardo Oliveira, de 45 anos (PR), popularmente conhecido como Tiririca, nome artístico de palhaço que utilizou para concorrer à eleição de 2010, e com o qual confirmou-se como um sucesso absoluto de votos pelo estado de São Paulo, está no meio de seu primeiro escândalo.
O editor-assistente José Antonio Lima, do blog  O Filtro noticia neste fim de semana que o deputado federal Tiririca (PR-SP) é humorista, mas aparentemente os palhaços são os contribuintes. Segundo autor, além de contratar dois humoristas como assessores parlamentares com salários de R$ 8 mil, o deputado mais votado do Brasil (1,3 milhão de votos)  pediu reembolso à Câmara por despesas de R$ 971 após passar alguns dias no Porto d’ Aldeia Resort, “hotel que fica em meio a dunas, com piscina e vista para o mar” em Fortaleza.
Na prática, o parlamentar só poderia pedir reembolso de atividades vinculadas à atividade parlamentar. A imprensa cearense, entretanto, afirma que, entre 19 e 21 de março, Tiririca esteve em Fortaleza “para visitar parentes”. A assessoria do deputado não explicou qual foi a atividade que Tiririca, eleito por São Paulo, foi realizar no Ceará. A assessoria do parlamentar não respondeu aos veículos de comunicação que o procuraram.
"Prerrogativas"
Para justificar o uso do dinheiro público que custeou hospedagem e alimentação em seu Estado natal, Tirica, ou seja Francisco Everardo precisaria ter desempenhado uma atividade política nos dias em que ficou no local. A assessoria de Tiririca apenas disse que “a conduta o parlamentar está dentro dos limites previstos às prerrogativas do mandato parlamentar. Portanto, ele não se afastou das normas legais ou das regras estipuladas”.
Em menos de 24h mais de 1.500 pessoas comentaram a notícia cujo título é: “Piada: você pagou resort para o deputado Tiririca” no blog "O Filtro".  As opinições são as mais divergentes possíveis. Ha algumas, entretanto, que se destacam pela acidez da crítica, ironia ou sacarmo, como a de um leitor que se identifica como Júlio Carlos: "Quem disse que ele é burro? Viu como ele aprende rápido? Pena que está aprendendo as coisas ruins…".
Já Ângelo Silva vai além: "Acho que estão perseguindo demais o Tiririca. A imprensa está vigiando muito bem o cara, só porque todos nós sabemos que ele não tem conhecimento algum para estar lá.  Seria legal que além das reportagens “sensacionalistas” a respeito do Tiririca, colocassem também as de todos os políticos que também pedem reembolsos de eventos importantes".
Humoristas
No dia  1º de abril o deputado federal Tiririca (PR-SP) contratou como assessores parlamentares, com salários de R$ 8 mil, dois humoristas do programa A Praça É Nossa: José Américo Niccolini e Ivan de Oliveira, integrantes do Café com Bobagem, grupo de humor que também atua no programa "A Praça é Nossa".
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, foram os dois quem criaram os slogans de Tiririca na campanha  eleitoral de 2010, entre eles o tal  “Pior do que tá, não fica”.
A assessoria de Tiririca justificou: “O deputado Tiririca nomeou os assessores levando em conta o critério de conhecê-los pessoalmente e também o fato de serem dois comunicadores que vão colaborar e desenvolver trabalhos dentro da temática que o deputado atua.”
A eleição de Tiritica ano passado foi tratada como uma reação de protesto dos eleitores de São Paulo diante do descrédito com a politica. Eleitores de outros estados, entrevistados em enquentes do DIÁRIO DO AÇO em Ipatinga, por exemplo, manifestaram o desejo de votar em Tirifica se ele pudesse ser votado em Minas Gerais. 
O jornal "El Clarín", de Buenos Aires, entretanto, generalizou: "Brasileiros elegem palhaço para deputado", manchetou um dia depois da eleição, sem especificar que foram os eleitores de um só estado e não do País como um todo quem deram o recordista 1,3 milhão de votos para o palhaço. 
Já o estadunidense The Economist foi mais fundo:  "De certa forma, é deprimente: essa maravilhosa tecnologia e um milhão de pessoas vai usá-la para votar no Tiririca."
 
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