30 de março, de 2011 | 00:03

Pavimentação da MG-760 está longe da realidade

Passados 30 anos do início das obras, estrada enfrenta precariedade

Divulgação


MG 760 SEM PREVISÃO

MARLIÉRIA – O projeto de adequação da pavimentação da MG-760, estrada que liga Timóteo a São José do Goiabal, ainda está em tramitação no Departamento de Estradas de Rodagens (DER) e sem data para sair do papel.
A Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop) aguarda a conclusão dos estudos para conhecer os custos da obra, no trecho entre o distrito de Cava Grande (Marliéria) e o entroncamento com o acesso já pavimentado para São José do Goiabal.
 
O projeto deste trecho terá apenas adequação de uma pavimentação iniciada nos anos 1980 e deixada sem conclusão. Defasado, o projeto terá aproveitadas apenas as obras de arte (pontes) que já estão em uso. São aproximadamente 45 quilômetros.
Outro trecho, de aproximadamente seis quilômetros entre a BR-262 e São José do Goiabal, já pavimentado, também receberá adequação da capacidade de tráfego e a expectativa é que entre no mesmo lote de obra. Hoje, a pista estreita e o asfalto desgastado mal comportam o tráfego de caminhões, ônibus e veículos.
Em contato com a assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Setop), a informação é que a atualização do projeto está em fase de conclusão. Somente após essa etapa será possível definir o custo da obra, estimado inicialmente em R$ 70 milhões.

Ao passar pelo Parque Estadual do Rio Doce, em 25 de fevereiro de 2010, o então governador Aécio Neves informou que a pavimentação da rodovia tinha sido incluída no programa “Caminhos de Minas” e a obra estava entre as prioridades do governo do Estado para 2011.
Contorno
A conclusão do projeto de pavimentação da MG-760 vai demorar ainda mais do que se previa inicialmente. E o motivo continua a ser o contorno rodoviário de Timóteo, um trecho de 11 quilômetros entre Cava Grande e os bairros Licuri, Macuco e Limoeiro, até chegar ao entroncamento no contorno rodoviário de Coronel Fabriciano.
Além de construir a estrada a partir de um trajeto precário já utilizado pela população em meio às matas de eucalipto da antiga Acesita Energética, o contorno exigirá a construção de um viaduto sobre o Rio Piracicaba e estrada de ferro Vitória-Minas, com mais de 300 metros de extensão.
Segundo a assessoria da Setop, o DER precisará fazer ainda uma licitação para contratar o projeto de engenharia desse contorno, o que poderá ocorrer ainda este ano.
Segundo a assessoria da Setop, o trecho de 11 quilômetros tangencia em quase toda sua extensão a área do Parque Estadual do Rio Doce.
Para reduzir os impactos, há rigorosas condicionantes ambientais a serem atendidas, o que eleva o grau de dificuldades no projeto. Os órgãos ambientais de Minas já concordaram com as condicionantes que serão incluídas no projeto técnico da nova estrada.
Paliativo
Enquanto a pavimentação prometida há décadas não vira realidade, o usuário da MG-760 conta com paliativos. Atualmente, o pedaço sem pavimentação entre Cava Grande e Baixa Verde (Dionísio) está “patrolado”.
Pelo menos por alguns dias, os motoristas que passarem pela estrada ficarão livres das “costelas” que se formam na pista e ganharão em troca muita poeira e o risco de dirigir na terra e cascalho soltos.
 
O QUE JÁ FOI PUBLICADO A CADA ANO SOBRE A MG-760

MG-760 na espera - 28/01/2010

Mais um pedido de socorro pela MG-760 - 27/01/2010

MG-760: buracos, costelas e animais - 05/03/2008

Falta dinheiro para a MG-760 - 18/11/2007
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