21 de junho, de 2016 | 17:22
Museu Vivo reescreve o passado do Vale do Aço
Com acervo de mais de 2.000 peças, o museu promove exposições temáticas
DA REDAÇÃO - O Museu Vivo guarda riquezas e conta a história de personagens anônimos das cidades do Vale do Aço. O projeto começou na década de 1980, com o colecionador Jeová Aguiar, baiano que escolheu as terras mineiras para morar. Com peças de diferentes épocas e que remontam ao passado, Jeová iniciou o projeto com exposições itinerantes em escolas, festas regionais e outros eventos.
Já em 2011, um grupo de amigos criou a Associação Cultural Museu Vivo, dando forças para a construção de um espaço fixo. Em 2013, em parceria com a Prefeitura de Ipatinga, o projeto saiu do papel e passou a funcionar no número 47 da rua Ibis, no Vila Celeste.
A coordenadora do museu, Elzinéa Teixeira, informa que, atualmente, o acervo possui mais de 2.000 objetos garimpados em doações e compras. As peças originais pertenceram aos índios botocudos (primeiros habitantes da região); tropeiros; famílias do campo e fazendas; além das indústrias de siderurgia e funcionários.
A história é recontada pelos objetos expostos. É muito interessante ver as crianças descobrindo esse universo do passado, muitas delas nunca tiveram contato com um disco de vinil, máquina de escrever, e ficam impressionadas”, frisou a coordenadora. [[##1384##]]
Elzinéa salienta que o único capital do museu provém do convênio com a prefeitura, para custeio do aluguel da sede e de três funcionários. Porém, por questões burocráticas, a renovação do convênio de 2016 ainda está em andamento. Sem o convênio firmado, o museu passa por sérias dificuldades financeiras.
Além das exposições, o museu também promove eventos para discutir o passado e entender o presente. O Café com rapadura” e Boa Prosa” já viraram tradição, sempre realizados no jardim da instituição. Geralmente fazemos o café e posteriormente a roda do Boa Prosa, sempre com presença de pioneiros, professores de história e estudiosos da área. Cada um conta seus casos, como veio para a região, sempre bem informal”, resume a coordenadora.
Para auxiliar nos custos do aluguel, que está seis meses em atraso, o museu irá promover uma noite de caldos com música ao vivo, em data a ser divulgada. As exposições podem ser conferidas de segunda à sexta-feira em horário comercial. Para visitação em grupos, o passeio deve ser agendado pelo número 98686-3089 (celular), ou pela página do facebook, Associação Cultural Museu Vivo”.
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