11 de novembro, de 2015 | 20:00

Copasa garante “segurança hídrica” ao Vale do Aço

Empresa descarta racionamento na região para atender municípios do Leste mineiro


DA REDAÇÃO - A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) afirma que a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) possui “segurança hídrica” diante da conjuntura onde cidades vizinhas se encontram. Municípios do Leste mineiro sofrem com o desabastecimento após o escoamento de uma enxurrada de lama e rejeitos da mineradora Samarco, em Mariana, que atingiu o leito do rio Doce. Até mesmo em função da estiagem e da crise hídrica, a concessionária afirma “não existir riscos de desabastecimento” na RMVA em curto prazo.

O esclarecimento é do diretor de Operações Centro-Leste da concessionária, Frederico Lourenço Ferreira Delfino. Em entrevista, por telefone, ele informou que a Copasa se solidarizou com os municípios prejudicados pelo estouro das barragens da Samarco, em Mariana, e o manancial subterrâneo que atende ao Vale do Aço, “está à disposição para atender Governador Valadares”, por exemplo.

A Prefeitura de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, decretou esta semana estado de calamidade pública, devido ao desabastecimento provocado pela contaminação da água pelos rejeitos vindos de Mariana. Nesta quarta-feira (11/11), O governador Fernando Pimentel (PT) visitou o município, onde cobrou mais esforços da responsável pelas barragens – a Samarco, joint venture (empreendimento conjunto) entre a Vale e a BHP Billiton, maior mineradora do mundo.

Frederico Delfino informou que, desde terça-feira (10/11), caminhões-pipa com o líquido captado no Vale do Aço são enviados a Governador Valadares. O diretor explica que, na RMVA, a água que chega às residências é captada em poços tubulares profundos. A estação de tratamento de água do sistema integrado do Vale do Aço está localizada no bairro Amaro Lanari, em Coronel Fabriciano. No local, há um aquífero aluvionar que atende integralmente aos territórios de Ipatinga, Timóteo e Fabriciano, além de aproximadamente 33% do território de Santana do Paraíso.

O manancial subterrâneo é “recarregado” pelo rio Piracicaba. “Não há risco de desabastecimento na região”, ressaltou o diretor, e frisou, para mais, que a vazão registrada na estação “está dentro da normalidade”. Devido à crise hídrica ou esforços para dar socorro a cidades como Governador Valadares, Frederico reforçou que não há racionamento previsto para a região.

Dentre os municípios atendidos pela Copasa no Vale do Aço e afetados pela contaminação da água do rio Doce, a companhia suspendeu emergencialmente o abastecimento em áreas como o distrito de Pedra Corrida, em Periquito. O diretor da seção Centro-Leste citou que o local é atendido por caminhões-pipa. Em Naque, um problema que havia sido registrado no abastecimento de água foi solucionado, garantiu o diregente. 


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