09 de novembro, de 2015 | 17:23
Lama no rio doce leva à parada a produção da Cenibra
Catástrofe ambiental em mineradora impactou atividades em fábrica de celulose no Vale do Aço
Além dos danos ambientais em dimensões ainda imensuráveis, a catástrofe ambiental provocada com o rompimento de duas barragens da Samarco Mineração, em Mariana, causa prejuizos financeiros também no Vale do Aço para terceiros.
A Celulose Nipo Brasileira (Cenibra) teve parar as atividades na fábrica em Belo Oriente por causa da impossibilidade de captaçãno rio Doce, que desde sábado (7/11) está contaminado com a lama de alta densidade, que desceu do acidente em Mariana.
A lama resultante do estouro das duas barragens no distrito de Bento Rodrigues, Mariana, chegou ao Vale do Aço no sábado (7/11) e deixou a população perplexa.
Em nota emitida pela assessoria de imprensa da Cenibra nessa segunda-feira, a empresa explica que, por causa da chegada da lama e detritos no trecho em Cachoeira Escura (distrito de Perpétuo Socorro), próximo à captação de água da Fábrica, originados do rompimento da barragem da Samarco (Mariana), a Cenibra, devido às restrições para captação de água no Rio Doce, suspendeu no dia 7/11 a produção de celulose nas duas linhas de fabricação.
"Alternativas para minimizar os impactos para a empresa e empregados estão em andamento. Devido à ausência, até o momento, de informações oficiais, ainda não há previsão para o restabelecimento das condições operacionais e ambientais", informou a assessoria da Cenibra.
Dona das duas barragens que romperam no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, a Samarco é uma empresa que tem 50% da brasileira, Vale, e outros 50% da australiana BHP Billiton, considerada a maior empresa de mineração do mundo.
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