05 de outubro, de 2015 | 20:00

Crise esvazia hotéis da região

Setor hoteleiro sofre com a redução da taxa média de ocupação registrada este ano


DA REDAÇÃO – Sustentado pelo turismo de negócios, o segmento hoteleiro do Vale do Aço amarga os prejuízos da atual situação econômica na região e no país. Em 34 hotéis da região, a taxa de ocupação média este ano tem sido de 30%. Isso quer dizer que 70% das acomodações têm permanecido vazias à espera de hóspedes ao longo dos últimos meses. Sem dinheiro no caixa, alguns estabelecimentos estão na iminência de fechar as portas.

O índice de ocupação em baixa é demonstrado em pesquisa contratada pelo Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes, e Similares do Vale do Aço (Sindhorb). O levantamento foi encomendado ao Instituto Tabulare com a finalidade de desenhar o perfil do setor hoteleiro regional. Os dados foram apurados no primeiro semestre de 2015.

O estudo constatou, novamente, que o perfil da clientela do segmento local está associado ao turismo de negócios. Os dias de maior movimentação nos estabelecimentos são, por exemplo, entre segunda-feira e quinta-feira.

O presidente do Sindhorb e proprietário do Hotel Metropolitano em Coronel Fabriciano, Benedito Pacífico da Rocha, lamenta o esvaziamento das hospedarias. “A taxa de ocupação dos hotéis vem caindo de forma preocupante em relação aos anos anteriores, o que a nosso ver inviabiliza muitos empreendimentos. A economia de nossa região é fortemente afetada pela queda de produção das empresas siderúrgicas aqui instaladas, além é claro da grave recessão em que se encontra o país”, acentua.

Wôlmer Ezequiel


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Benedito pontua que o sindicato teme pela falência de empreendimentos. Além do sumiço dos clientes, o aumento de custos como o da energia elétrica e da mão de obra pressiona o setor. “Muitos estão mantendo os preços do ano passado, estão com um faturamento menor e pagando despesas elevadas. Há empresas falando em fechar as portas no fim do ano. Na última quinzena de dezembro e durante o mês de janeiro, a clientela some ainda mais por se tratar de turismo de negócios”, continua.

Ecad

Outro assunto que traz desconforto aos proprietários de estabelecimentos é a cobrança por parte do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) de uma taxa sobre direitos autorais pelo uso de televisores nos apartamentos. “Já tem, inclusive, alguns estabelecimentos retirando a televisão dos apartamentos para evitar este custo, cujo valor o cliente não suporta pagar”, resume Pacífico.

O impasse atinge, inclusive, o ramo dos motéis. O dirigente reitera que o sindicato busca, junto à unidade do Ecad, em Belo Horizonte, uma solução para o problema. 

 

SOBRE O ASSUNTO:
 

Crise atinge bares, hotéis e restaurantes da região - 31/03/2015
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