22 de setembro, de 2015 | 20:00

Servidores do INSS mantêm paralisação

Após reunião nessa terça-feira (22), funcionários de agências da região decidiram pela continuidade do movimento


IPATINGA – Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continuam em greve. A decisão foi tomada durante reunião nessa terça-feira (22), na agência de Ipatinga, que contou com a presença de funcionários de Ipatinga, Belo Oriente, Timóteo e Coronel Fabriciano.

O representante do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social em Minas Gerais (Sintsprev-MG), Juniel Scarabelli, observa que os servidores vivem uma situação delicada, pois têm avançado pouco em relação à pauta geral. Ele acrescenta que “o que os entristece é que a dignidade dos trabalhadores é ferida, assim como a da população, uma vez que os serviços não são prestados”.

Para Juniel, há um prejuízo social também, o que desagrada à categoria. “Queremos regularizar a situação, tanto na área da saúde, quanto na área da previdência social. Queremos olhar por aqueles servidores que estão prestes a se aposentar e que pensam que têm salário elevado, mas na verdade não têm, porque vivem de gratificação. Quando se aposentam, os salários são reduzidos de maneira que a pessoa tem dificuldade e isso pra nós é um impasse muito grande”, resume.


O sindicalista relata que o entrave na negociação é a reposição dos dias trabalhados, realidade que estaria muito distante da forma como o governo está colocando. “Eles lucraram com essa greve, uma vez que houve cortes e benefícios não foram concedidos. Não podemos pagar isso sozinhos. Queremos atender à população no fim da greve, mas não podemos nos tornar escravos e ter mais pessoas doentes e deprimidas, trabalhando em razão de uma opressão por parte do governo”, destacou. 

Entre as reivindicações dos servidores está a realização de concurso público para suprir o déficit de 14 mil trabalhadores no INSS, reajuste dos salários com base na inflação do período e incorporação das gratificações, visto que, na situação atual, o servidor tem perda de quase 50% ao se aposentar.

Também pedem melhorias nas condições de recebimento ao público, visto que, por ano, são feitos cerca de 57 milhões de atendimentos no país, por cerca de 36 mil servidores, dos quais, a maioria trabalha em serviços internos.

Insatisfação
Na porta da agência do Centro de Ipatinga, a reportagem do DIÁRIO DO AÇO foi abordada por Manoel Florêncio de Oliveira, que tenta entrar com o processo de aposentadoria. Ele foi ao local três vezes nos últimos dias. “Sinto-me lesado. Estou revoltado, porque já perdi muito tempo com isso, pediram para conseguir documentos complementares e não resolveu, agora (a agência) está fechada. Como não aposentei e não estou trabalhando, estou sem renda. Não consigo trabalhar porque estou com desgaste na coluna cervical. É uma luta”, lamentou.
 


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