13 de maio, de 2015 | 20:00

Márcia Perozini afirma que lote pertence a igreja

Terreno na rua Belém tem sido motivo de disputa, confusão e muita polêmica


IPATINGA – Após relatar a confusão envolvendo o lote na rua Belém, no bairro Veneza, na versão de um dos moradores, o DIÁRIO DO AÇO ouviu a coordenadora metropolitana da Igreja do Evangelho Quadrangular, a pastora Márcia Perozini. Na última quarta-feira, 6 de maio, dia em que a matéria foi veiculada, o advogado Jesus Nascimento, que representa a igreja, preferiu não se manifestar sobre a polêmica provocada por uma bate-boca entre as duas partes. Munida de documentos e boletins de ocorrência, a líder da Igreja do Evangelho Quadrangular afirma que o terreno foi adquirido no ano de 2001 e, portanto, pertence à congregação.

Recentemente, moradores do lote em questão e membros da Igreja do Evangelho Quadrangular protagonizaram uma discussão em plena luz do dia, em frente ao lote em questão, na rua Belém, bairro Veneza, imbróglio que movimentou as redes sociais. A razão da querela está ligada a um lote ao lado do templo. Representantes da igreja e vizinhos se dizem proprietários do imóvel. Márcia Perozini explica que a igreja convive há algum tempo, de forma pacífica, com a família, mas nos últimos três meses a situação se transformou em “um fato lamentável”, tendo em vista que mesmo com os embargos de obras, visita de fiscais de postura e polícia para que não continuassem com a invasão, o transtorno permaneceu.

O soldador Cláudio Fernandes de Freitas, morador do lote em disputa, por sua vez, discorda da pastora. “As informações não procedem. Ela quer colocar coisas onde não tem. Sempre oculta o fato de que havia um muro ali. Ela (pastora Márcia Perozini) comprou com muro no local e depois alegou que comprou o lote todo. Quer reverter a situação. Do muro da igreja para baixo, ninguém tem documentação dos imóveis, é tudo posse”, rebateu Cláudio.

Já a pastora insiste na tese de que a propriedade pertence à igreja. “Eles (moradores) continuaram fazendo isso (construindo), principalmente no fim de semana. Conversamos a primeira vez quando eles começaram a colocar o alicerce, fizemos boletim, eles continuaram, levantaram as paredes, a prefeitura veio e embargou a obra. No outro fim de semana bateram laje, e nosso advogado foi muito claro que, dentro da visão de posse e de propriedade, que se eles viessem a habitar naquele cômodo que estão invadindo da igreja, teríamos muito transtorno para a retirada dessas pessoas”, pontua. 
Wôlmer Ezequiel


Pastora Márcia


Márcia Perozini relata que, no lote invadido, a parte já construída pertence à senhora Maria Salomé, que pleiteia na Justiça a saída deles. “Não se conformando em se apropriar, de forma indevida, do lote da senhora, queriam o lote da igreja também”, lamentou.
Ela salienta que foi feito um projeto para que se discutisse somente o imóvel que começaram a construir, entretanto, para sua surpresa, os moradores reivindicam a propriedade do lote. “Apresentaram apenas uma certidão de inteiro teor, mas temos o contrato de compra e venda totalmente correto. As partes concordaram no dia 28 (de abril) que, de maneira alguma, eles entrariam no lote e iriam aguardar. Qual foi minha surpresa ao chegar no sábado pós-feriado (2/5), e ver que invadiram a área. Meu advogado tinha sido muito claro que, se entrassem e ali e permanecessem, teríamos de discutir uma outra questão, que é a posse”, relata.

Utilizando de um desforço jurídico (onde quem é dono não pode deixar entrar), a pastora conta que chegou de maneira firme ao local, sem agredir a ninguém. Entretanto, aponta, os moradores não respeitam, colocam fogo em pneus e picham a porta da igreja, além de soltarem bombas na hora do culto. “Já fiquei ciente de que estão com processo requerendo usucapião do lote ao lado e agora querem o lote da igreja também. Temos fotos, temos documentos. Eles dizem que chegaram aqui em 1964, mas não há nada aqui a se analisar em fotos antigas”, argumenta.

Projetos
Conforme explicou a pastora, a igreja tem projetos para a área, onde será construído um espaço para crianças, e ensino. Ela acrescenta que não é possível esperar 10 anos, 15 anos, para que as pessoas saiam de um terreno da igreja. “Esse terreno foi adquirido em 2001, com a ajuda de irmãos, por meio de gincana, ação entre amigos, feijoada, eventos que foram feitos para ajudar a pagar o lote. E só quem sabe o esforço de comprar um imóvel, sabe o que estou passando. Quem invade não faz ideia. A igreja é dos irmãos e eles estão comigo”, salientou.

 


Mais:

Posse de lote gera bate-boca no Veneza - 05/05/2015

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