05 de maio, de 2015 | 20:00
Posse de lote gera bate-boca no Veneza
Moradores e igreja do Evangelho Quadrangular protagonizam discussão acalorada
IPATINGA Moradores da rua Belém, no bairro Veneza, e membros da Igreja do Evangelho Quadrangular, entre eles a pastora e ex-vice-prefeita de Ipatinga, Márcia Perozini, protagonizaram uma discussão que rodou as redes sociais nessa semana. A razão do bate-boca está ligada à posse de um lote ao lado da igreja, devido à discordância sobre o direito à propriedade. A reportagem do DIÁRIO DO AÇO procurou a congregação evangélica, e foi direcionada ao advogado que a representa, Jésus Nascimento. Por meio de contato telefônico, ele informou que irá se inteirar do caso e se posicionar posteriormente.
Morador do lote em questão, o soldador Cláudio Fernandes de Freitas explica que sua família reside no local desde 1964, quando a rua se chamava Cândido Rondon. Ele relata que, naquela época, a prefeitura retirou terra para aterrar o Novo Centro. O que ocorreu, pontua, é que havia um muro delimitando a área entre a propriedade da sua família e do antigo dono, Nivan Reis.
Então, ela (pastora Márcia Perozini) comprou com muro no local e depois alegou que comprou o lote todo. Não sei como conseguiu ordem para entrar com trator. Arrancou minha plantação que estava ali, aproveitou da minha ausência e da minha irmã, jogou o trator e queria passar por cima da nossa casa, alegando que estava dentro do terreno deles”, conta Cláudio de Freitas.
O soldador acrescenta que, no cartório, o lote ainda está no nome da Acesita. Entretanto, a pastora afirma ter a documentação que a legitima como proprietária. No registro de imóveis ainda consta como área da Acesita, com uma promessa de compra e venda para Nivan Reis. Mesmo assim, para vender sem ter inventário, teria de ter a assinatura de todos os irmãos, porém, só um assinou. Tem um senhor que diz ser o dono anterior, o sr. Sebastião, que fez a venda e nega que tinha um muro ali. Mas estamos procurando uma foto na prefeitura que mostra isso, mas não consegui”, afirma Cláudio.
O soldador garante que não quer nada da igreja, mas também não quer que passem por cima de sua casa. Cláudio de Freitas destaca que seus avós chegaram ao local em 1964, e que a situação será resolvida judicialmente. Não vai resolver entrando assim sem ordem judicial e querendo passar o trator. Se não batêssemos no peito, hoje essa casa tinha sido derrubada. Usaram de agressão para entrar ali. Entrei na frente do trator e disse que, para arrancar essa casa, teria de passar por cima de mim. Foi quando eles pararam”, pontua.
Cláudio destaca, ainda, que o imbróglio vem se arrastando há anos. Caso a pastora tivesse realmente documentação, já teria conseguindo a ordem judicial para entrar no lote. O porém é que não tem, e existem moradores, que somos nós”, conclui o soldador.
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