30 de abril, de 2015 | 20:00
Vale do Aço tem um novo sindicato
Sintramvaço passa a representar trabalhadores em montagem, reparos e manutenção
IPATINGA - À véspera do Dia do Trabalho, a região ganhou um novo sindicato. Em assembleia realizada na tarde de quarta-feira, 29 de abril, na sede do Ipanema Esporte Clube, do bairro Vila Ipanema, foi criado o Sindicato dos Trabalhadores em Montagem, Reparos e Manutenção do Vale do Aço (Sintramvaço), filiado à Força Sindical.
Até agora, os trabalhadores desses segmentos eram representados na negociação salarial com os empregadores, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa) e Metasita, em Timóteo, além dos Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade.
A mesma assembleia aprovou o estatuto social da entidade, votou, elegeu e deu posse à diretoria do Sintramvaço para os próximos quatro anos.
A base sindical abrange incialmente os municípios de Ipatinga, Belo Oriente, Timóteo, João Monlevade e Itabira. A estimativa é que existam em torno de 15 mil trabalhadores na base de atuação da nova entidade.
A proposta da nova entidade é ouvir e defender os direitos e reivindicações dos trabalhadores em montagem, reparo e manutenção das empresas metalúrgicas, siderúrgicas e mineradoras, entre outras do segmento industrial pesado.
O Sintramvaço se posiciona contra a terceirização da mão de obra que precariza a vida dos trabalhadores em várias empresas, negando-lhes os direitos essenciais dos empregados da empresa contratante”, informa comunicado enviado à redação do DIÁRIO DO AÇO.
O novo sindicato também anuncia que vai buscar melhorias salariais e conquistas sociais e econômicas, lutar pelo fim do fator previdenciário e contra a Medida Provisória 664/665 que, para a nova entidade, é uma ação do governo para retirar direitos dos trabalhadores.
Acirramento
A criação do novo sindicato foi marcada por forte embate entre os dirigentes da Força Sindicato, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Intersindical, que se posicionaram contrárias à criação da nova entidade.
Por causa do clima tenso no clube do bairro Vila Ipanema, a Tropa de Choque da Polícia Militar teve que cercar o estabelecimento onde ocorria a votação.
A assembleia, entretanto, foi realizada de forma legal e constitucional em atendimento à legislação sindical vigente”, explicou representante da Força Sindical, acrescentando que cerca de 50 trabalhadores participaram do encontro que marcou a fundação do sindicato.
Uma fonte ligada às centrais sindicais, que fazem oposição à criação do novo sindicato, confirma que vão recorrer da decisão, alegando a inconstitucionalidade da iniciativa da Força Sindical.
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