28 de março, de 2015 | 20:00
Neurologista destaca benefícios do Canabidiol
Lucas Magalhães indica o CBD em casos alguns casos de dores e crises convulsivas
DA REDAÇÃO - No Brasil, o uso medicinal do canabidiol foi liberado em 14 de janeiro deste ano, mediante receituário médico especial. O canabidiol não possui registro na Agência Nacional de Vigilância em Sanitária (Anvisa), por enquanto, e não pode ser produzido em laboratórios brasileiros. O neurologista e psiquiatra Lucas Magalhães, que atua na região, declara que o CBD é a melhor droga para eficácia no tratamento de crises convulsivas e dores. Essa substância é, na verdade, um remédio que está sendo mal usado pelo povo. A maconha deve ocupar o seu lugar como medicamento, mas é mal usado como droga”, salientou.
Ele relata que, quando começou a pesquisar sobre o canabidiol, não tinha grandes expectativas. No entanto, a partir de resultados surpreendentes, tornou-se um defensor do uso da substância para tratamento, com a devida indicação. Ana Clara, por exemplo, quando começou a tomar, tinha 30 crises por dia e elas foram a zero. O canabidiol é o anticonvulsivante mais potente e analgésico mais eficiente que tenho na prática química”, justificou o médico.
No momento, Lucas Magalhães tem 20 pacientes fazendo uso do canabidiol e todos apresentaram melhoras. Tive caso de uma paciente com dor crônica que desapareceu logo na primeira dose. Nenhum dos pacientes ficou drogado. A substância não tem nenhum efeito psíquico, só clínico. Acredito que tem que fazer a legalização total da substância e liberação dela para a medicina poder utilizá-la da maneira que precisamos”, enfatizou o médico.
Na opinião de Lucas Magalhães, apesar da liberação da Anvisa, é preciso avançar mais. O Brasil tem produção ilegal da substância. Basta torná-la legal, controlada por laboratórios, com espaço para cultivar a maconha e extrair o CBD. Se os EUA, que é um país extremamente rigoroso no controle de substâncias químicas com órgãos reguladores já liberou, por que o Brasil proíbe?”, questionou o neurologista.
Ação
Os estudos sobre a ação do CBD no organismo ainda são recentes. Lucas Magalhães explica que o remédio age nos receptores canabinóides do cérebro. Já nascemos com esses receptores, que estão associados ao prazer, recompensa, estabilização da mente, apetite. Ele é como se fosse um harmonizador da função do cérebro. A epilepsia se caracteriza por crises convulsivas e a dor pela percepção sensorial desagradável. A reação do CBD é de estabilização dessas funções do cérebro”, pontuou neurologista.
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