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30 de janeiro, de 2015 | 20:00

Descarte correto de materiais eletrônicos

Empresa de Coronel Fabriciano coleta resíduos gratuitamente e os encaminha para reciclagem na capital


FABRICIANO – Quando o celular, a TV ou o computador não têm mais uso, nem conserto, muitos ficam em dúvida sobre qual destinação para esses lixos eletrônicos. O descarte direto no lixo leva as substâncias tóxicas contidas nos equipamentos ao contato com o solo e o lençol freático, agredindo o meio ambiente e oferecendo riscos à população. Para exigir o descarte correto do lixo eletrônico, a Lei 12.305/2010 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê, entre outras coisas, o descarte correto. Quem desobedecer, vai responder por crime ambiental.

Na região, esses materiais podem ser encaminhados à Ecovale, única empresa do Vale do Aço que trabalha com o gerenciamento de lixo eletrônico. Localizada no bairro Belvedere, a empesa funciona em um galpão onde é feita uma triagem do material recolhido em empresas e residências, gratuitamente. Por mês, são recolhidas três toneladas de material.

Sócio proprietário da Ecovale, Robson Martins explica que, após a coleta, o material é separado e enviado a Belo Horizonte. “Depois que os resíduos chegam, fazemos a separação de cada material, como plástico, sucata de ferro, metais como cobre e placas eletrônicas. Daqui, o material é levado para Belo Horizonte onde metais preciosos, como ouro, prata e platina são retirados”, detalhou.

Polliane Torres


ecovale
Robson Martins revela que, em uma tonelada de placa-mãe de computador,  se obtém mais ouro do que em uma tonelada de minério bruto. “O processo compensa financeiramente e tira esse material do meio ambiente, evitando que a placa vá para aterros ou lotes abandonados”, comentou o sócio proprietário. Ele faz um alerta a pessoas e empresas que não fazem o descarte correto de lixo eletrônico: além de cometer crime ambiental, estão sujeitas a sanções. “Os danos ao meio ambiente são muitos. Materiais como vidro do tubo de computador e TV contêm metais pesados como chumbo e cádmio, que são cancerígenos. Se forem descartados incorretamente por meio do lençol freático e plantações, podem trazer sérios danos à saúde da população”, enfatiza.

Destinação
De Belo Horizonte, os materiais seguem para a China, o maior mercado de reciclagem no mundo. “A China é a número 1 no ranking de extração desse tipo de material. Alemanha, França e Japão possuem tecnologia muito avançada. No Brasil, ainda estamos engatinhando com processo de reciclagem e retirada de materiais”, frisou Robson Martins.

No processo de triagem e reciclagem, 99% dos materiais eletrônicos são aproveitados. “Ferro e cobre são destinados a empresas da região que fazem o processamento de sucata. O plástico, por exemplo, é aproveitado de forma a voltar ao ciclo produtivo novamente, como novo computador ou em outro formato. Isso evita o consumo de matéria virgem na produção de novos eletrônicos”, salientou Robson Martins. O material mais recolhido é o computador.

Consciência
Polliane Torres


ecovale
Na opinião de Robson Martins, com o atual contexto de consequências graves das agressões ambientais dos últimos anos, a sociedade está mais consciente da necessidade de reciclar. “As empresas são obrigadas pela legislação, mas hoje muitas pessoas já têm a consciência de separar em casa o que é reciclável ou não. Isso é muito bom para o meio ambiente e o mercado de recicláveis”, opinou.
A empresa fica localizada na rua Nova Almeida, 125, no Belvedere. O telefone de contato é 3842-9850.

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