22 de outubro, de 2014 | 00:00

Aposentados ingressarão com ação contra Usiminas

Caso não receba resposta da empresa até amanhã, Aapi vai para o tribunal contra siderúrgica


IPATINGA – A Associação dos Metalúrgicos Aposentados e Pensionistas de Ipatinga (Aapi) promoveu, na tarde dessa terça-feira (21), reunião com aproximadamente 940 filiados. O encontro, no Clube dos Pioneiros, no bairro Bom Retiro, se deu em razão da alteração do seguro de vida em grupo dos associados.

Insatisfeitos, os aposentados acionaram a entidade, que ingressou com uma notificação extrajudicial, questionando a Usiminas sobre o seguro da Bradesco Vida e Previdência. A intenção era expor as medidas tomadas pela Aapi até o momento e informar o próximo passo. Caso não seja enviada a resposta até amanhã (23), uma ação judicial será impetrada contra a Usiminas. Procurada, a assessoria de Comunicação da empresa não se manifestou.

O presidente da Aapi, José Clementino de Carvalho, explica que a decisão pela ação será definida a partir de quinta-feira, uma vez que o prazo estabelecido para o retorno expira hoje. O posicionamento da associação é entrar com a ação, protestando a maneira como foi colocada a mudança na apólice de seguro. “Caso não tenhamos uma resposta, vamos entrar na justiça mesmo, não temos outro caminho. Notificamos a Usiminas de forma extraoficial para dar uma resposta, que ainda não chegou até nós. E vamos ter de tomar uma providência”, sintetiza.

Clementino acrescenta que os aposentados estão aborrecidos com a situação que, para eles, foi um deslize muito grande, estabelecendo um prazo curto para a decisão. “Isso precisa ser conversado, não é de uma semana para outra. As coisas precisam ser muito bem conversadas. Espero que a Usiminas reconheça o direito dos aposentados, que trabalharam muitos anos e fizeram a empresa crescer. Mas a partir do dia 23 estamos nos posicionando para um acordo judicial, mesmo”, pontuou.

Prejuízo

Aposentado desde 1994, o advogado Arquimedes de Paula destaca que o seguro em grupo não pode ser extinto da forma como foi colocado. “Querem passar para individual, e, a partir daí, perdemos uma infinidade de benefícios, inclusive relacionado ao valor, que será maior e o prêmio poderá ser reduzido”, aponta.  
Wôlmer Ezequiel


Arquimedes
   

Arquimedes acrescenta que os aposentados não devem assinar o documento, mas sim aguardar que a justiça defina, mantendo o seguro nas condições atuais, em grupo e com prêmio e pagamento das mensalidades nos mesmos termos e por prazo indeterminado, com as devidas correções legais. “Não com correção acima de 40% como estão propondo”, salientou.

Por sua vez, José Nilton de Miranda, aposentado desde 1998, avalia que os segurados serão prejudicados com um aumento de mais de 70%. “Abatendo o direito que tínhamos. Meu prêmio é de R$ 78,8 mil e pago R$ 77,30 por mês, valor que aumentaria para R$ 133,80, o que equivale a uma média de 72%. Justamente na época da vida que mais estamos precisando desse dinheiro. Temos esperança de reverter isso, negociar, ou sermos ressarcidos do valor que pagamos, para não sairmos perdendo”, concluiu.

Entenda

Os segurados receberam a apólice com prazo para assinatura já expirado. “No meu caso recebi no dia 4 de outubro e constava que, se não assinasse até o dia 1º de outubro, o seguro estaria automaticamente cancelado”, relatou Clementino. A associação questiona a estipulante, Usiminas, a forma como a alteração foi estabelecida, bem como o aumento nos valores cobrados. Alguns aposentados possuem o seguro de vida há mais de 40 anos. 

Mais:

Aposentados acionam Usiminas - 21/10/2014

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