27 de junho, de 2014 | 00:00
Restrição às lâmpadas incandescentes
Lâmpadas de 60 watts deixam de ser produzidas e importadas no Brasil
IPATINGA A partir de 1º de julho, passa a vigorar no país mais uma fase da legislação que restringe a produção, importação e comercialização de lâmpadas incandescentes. Desde o ano passado, não se pode mais fabricar ou importar as lâmpadas incandescentes de 100 e 150 watts e, a partir do próximo mês, essa proibição passa a valer também para a lâmpada mais tradicional no uso doméstico, a de 60 W. A regulamentação consta na Portaria n° 1007/2010, do Ministério de Minas e Energia, como explica o funcionário do setor de Relacionamento com Clientes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em Ipatinga, Riwardeny Nunes.
Ele observa que a portaria previa essa proibição de forma escalonada e que, a partir do dia 1º de julho, passa a englobar também a lâmpada de 60 watts. A portaria 1007 prevê, ainda, que o comércio terá um ano a partir de julho para comercializar o estoque. Mas devido à durabilidade, acreditamos que, em menos de um ano, todo o estoque deverá ter acabado”, pontua.
A substituição do modelo de 60 watts pode ser feita pela lâmpada fluorescente compacta (LFC) de 15 watts que possui durabilidade até seis vezes maior. A diferença de preço é amortizada em até três meses, caso a utilização seja de três horas por dia. Não há perda nenhuma em relação à luminosidade e tem uma economia de 45 watts em cada lâmpada”, destaca Riwardeny Nunes. A Cemig utiliza lâmpadas de vapor de sódio e vapor de mercúrio. A incandescente é mais de uso doméstico.
Ele acrescenta que a substituição das lâmpadas de 15 watts fluorescentes compactas geraria uma economia de 45 watts por lâmpada. No parque instalado da empresa, representa cerca de 6% de redução no consumo de energia, o que seria suficiente para abastecer uma cidade de 600 mil habitantes. Estimativa da Cemig aponta que ainda existem cerca de 16 milhões de lâmpadas de 60 watts em Minas Gerais.
Conscientização
Riwardeny Nunes relata que a própria população já está mais consciente de que a lâmpada fluorescente é mais econômica e tem durabilidade maior. Uma família que tenha cerca de quatro lâmpadas em casa, com consumo médio de 150 quilowatts hora, pode economizar cerca de 12% na conta ao mês.
A lâmpada incandescente consome mais energia e a maior parte dessa energia utilizada não é convertida em luz, porque é feita de um filamento de tungstênio e dissipa muito calor. Uma lâmpada dessa não tem utilidade quando queima. Mas já a florescente compacta tem duração de 4.500 horas”, conclui Riwardeny Nunes.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]