
23 de janeiro, de 2014 | 00:00
Proposta pode regulamentar profissão de gari
Os profissionais devem ter concluído o ensino fundamental e ser aprovados em curso especializado de formação profissional ministrado por entidade oficial ou credenciada
IPATINGA As prefeituras podem ter que arcar com mais uma despesa em sua contabilidade. Está em tramitação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, o projeto de lei que trata do piso salarial e da regulamentação dos profissionais da coleta de lixo, limpeza e conservação de áreas públicas. O Projeto de Lei do Senado (PLS) de número 464/2009 pode ser aprovado em caráter terminativo pelo colegiado, sem ir ao plenário.
A proposta regulamenta a profissão de gari em todo o território nacional e fixa o pagamento mínimo de R$ 1,2 mil por mês. O PLS também prevê carga horária de trabalho de seis horas diárias e 36 horas semanais. Os profissionais devem ter concluído o ensino fundamental e ser aprovados em curso especializado de formação profissional ministrado por entidade oficial ou credenciada.
A aprovação desta matéria pode agravar ainda mais a situação financeira dos municípios. A Associação Mineira de Municípios (AMM) entende que a valorização de todos os profissionais é fundamental para o desenvolvimento das cidades. Porém, a entidade julga que, ao mesmo tempo em que o Congresso Nacional aprovar obrigações para os municípios, que os parlamentares apontem a fonte de financiamento para estas demandas.
O presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Aço (Amva) e prefeito de Periquito, Geraldo Godoy (PMDB) classifica a situação como mais um rombo nas contas das prefeituras”. Para ele, se o projeto for aprovado e o governo não repassar os recursos, as prefeituras não terão como pagar. Acredito que a realidade dos municípios menores é desconhecida, porque ao se propor uma lei dessas fica complicado. Ficamos com as despesas e a União com o lucro, uma vez que fica com 71% da arrecadação e repassa 30% para os Estados e municípios. A situação está insustentável e se não houver revisão do pacto federativo, fecharemos as portas”, disse.
Godoy acrescenta que, no mês de março, haverá uma marcha dos prefeitos em Brasília, onde serão discutidos diversos temas, e possivelmente será incluído o tema do piso dos garis.
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