01 de janeiro, de 2014 | 00:00

Estrada Parque faz parte das obras que ficaram para 2014

Processo administrativo impede reinício da pavimentação do trecho que liga a sede de Marliéria ao Perd

MARLIÉRIA – Dois anos após a assinatura da ordem de serviço para a execução das obras da Estrada Parque Bispo Dom Helvécio, em Marliéria, não há previsão sobre o prazo para conclusão do projeto. A pavimentação do trecho que liga a sede de Marliéria ao Parque Estadual do Rio Doce (Perd) depende da conclusão de um processo administrativo contra a antiga empreiteira responsável pela obra, situação que perdura desde 2012. Originalmente, a entrega dos serviços ocorreria em março de 2011.

Procurado pelo DIÁRIO DO AÇO, o prefeito de Marliéria, Geraldo Magela Borges de Castro, o Lalado (PP), informou que esteve reunido com representantes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), cobrando uma solução para o caso. “Fomos informados, entre outros pontos, que a obra nem licitada estava ainda. Fizeram uma parte da obra e o trecho do morro (Pico do Jacroá) dependia de outra licitação. Disseram ainda que o governo do Estado pretendia destinar inicialmente um valor para a obra, o que foi reduzido pouco depois. Informaram, também, que a empresa que era responsável foi multada e que um processo administrativo corria contra ela e, enquanto isso, outra licitação não pode ser feita. Fizemos ofício cobrando mais de uma vez e, inclusive, fomos a Belo Horizonte para tal”, declarou.

Em relação ao Pico do Jacroá, no trecho mais complexo da obra, a assessoria de Comunicação do Núcleo de Relacionamento do governo de Minas informou ao DIÁRIO DO AÇO em dezembro de 2012, que o ponto não era objeto do contrato, mas que o trecho será contemplado na nova licitação para conclusão da obra. Lalado lamentou a demora e o fato de a economia do município ficar prejudicada.
“Além disso, a parte do morro que não foi mexida estava muito ruim, por isso foi necessário passar uma patrola para melhorar as condições. Estamos correndo atrás e cobrando dos deputados da região sobre essa demora. Espero que este ano, como é de eleição, a obra receba mais atenção, porque eles precisam de votos. Os moradores cobram da prefeitura a conclusão da obra, mas estamos correndo atrás, não estamos parados; mas depende do Estado”, disse o prefeito.

DER
Procurada, a assessoria de Comunicação do DER informou que o processo administrativo aberto contra a antiga empreiteira está em curso, mas que já está licitando novamente a obra. O reinício dos trabalhos depende do repasse de recursos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad). A expectativa do órgão é de que as obras retomem no início deste ano. Já foram pavimentados sete quilômetros, restando outros 7,2 quilômetros a pavimentar.

Entenda
Incluída no Programa de Pavimentação de Ligações aos Municípios (ProAcesso), a cargo da Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop), a obra foi alardeada como um grande projeto em prol do desenvolvimento turístico da região, em solenidade realizada com pompa no Parque Estadual do Rio Doce. Na ocasião, o então secretário de Transportes e Obras, Fuad Noman, informou que o projeto começaria imediatamente e seria desenvolvido em três etapas, a primeira delas com o calçamento dentro da área do Perd, já concluída. Mais duas frentes de obras seriam abertas – uma na parte baixa do trajeto, com pavimentação asfáltica, e outra na Serra do Jacroá, com calçamento.

Fuad Noman garantiu ainda que o projeto incluiria a contenção de encostas. Isso porque enormes voçorocas (erosões) se formaram ao longo dos anos pela falta de vegetação, colocando em risco de desabamento vários trechos na Serra do Jacroá. A estrada tem 21,9 quilômetros com trajeto que começa na sede do município, sobe o Pico do Jacroá e depois desce em direção ao povoado de Santa Rita. Até a portaria do Perd são mais 500 metros pela MG-760. O custo da obra estava estimado em R$ 17,2 milhões.