01 de agosto, de 2013 | 00:00

Teste rápido para identificar casos de leishmaniose visceral

De janeiro a junho, já foram testados 2,1 mil animais, sendo 150 confirmados para a doença


IPATINGA - Os agentes de saúde e médicos veterinários do Centro de Controle de Zoonoses realizam testes rápidos para detectar leishmaniose visceral em cães de Ipatinga. De janeiro a junho, já foram testados 2,1 mil animais, sendo 150 confirmados para a doença. O teste rápido é realizado em apenas 20 minutos e, em caso de resultado positivo, o animal é submetido ao exame sorológico (imunoenzimático).

Até o final deste ano deverão ser aplicados mais 2,1 mil testes rápidos, o que vai garantir a cobertura de cerca de 15% da população canina do município, estimada em 32 mil animais. Para assegurar o efetivo controle da doença, a diretora de Vigilância em Saúde, Telma Semirames, explica que uma vez registrado um caso suspeito, todos os animais num raio de 300 metros também são testados. “Trata-se de uma ação preventiva, tendo em vista que a leishmaniose canina precede a contaminação em seres humanos”, pontua.

A testagem rápida integra as ações de combate e controle da doença na rede municipal. Em Ipatinga também está sendo feita a capacitação de profissionais e ações educativas junto à comunidade, com foco na prevenção da doença, para garantir a eliminação de possíveis focos do mosquito transmissor da leishmaniose em ambientes urbanos e, principalmente, a posse responsável do animal (potencial hospedeiro da doença). Os casos suspeitos de leishmaniose canina devem ser comunicados diretamente ao Centro de Controle de Zoonoses, pelo telefone: 3829-8383.

A leishmaniose visceral é uma doença não contagiosa, causada por parasita (protozoário Leishmania). A contaminação acontece quando a pessoa é picada pelo mosquito “palha”, já infectado por um animal de hábitos urbanos, como os cães, que são os principais hospedeiros. Os sintomas da doença são febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento, palidez e, nas fases mais evoluídas, hemorragias.

A doença também pode afetar o fígado, o baço e a medula óssea. Em Ipatinga, desde o ano passado, quatro pessoas tiveram o diagnóstico positivo para a leishmaniose visceral e estão em tratamento na rede municipal de saúde.

 

Como se prevenir

- Limpe quintais e lotes, recolhendo folhas, fezes de animais e restos de madeiras e de frutas.

- Adote a posse responsável do animal; não permita que o mesmo fique solto pelas ruas.

- Mantenha o cão em ambientes cobertos, em telhados com malha, especialmente durante o período de maior atividade do inseto transmissor (ao entardecer e amanhecer).

- Permita o acesso dos agentes de saúde e de controles de endemias em seu domicílio para realizar o teste nos cães. Se o animal estiver com leishmaniose visceral, permita o recolhimento do animal infectado.

- Evite contato do animal com ambientes favoráveis ao inseto, como áreas de matas, sobretudo no amanhecer e anoitecer.

Fonte: Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde
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