
30 de junho, de 2013 | 00:00
Manifesto também em Revés do Belém
O acesso Ipatinga/Pingo DÁgua, nessa sexta-feira, ficou fechado nos dois sentidos. Também ficou bloqueado o acesso ao próprio distrito
BOM JESUS DO GALHO Moradores do distrito de Revés de Belém também decidiram entrar na onda das manifestações por reivindicação de mudanças. Localizados a quase 60 quilômetros, em estradas de terra, da sede de Bom Jesus do Galho, os moradores do distrito têm uma pauta com vários itens que consideram prioritários. Para chamar a atenção, os moradores se mobilizaram para o bloqueio da MG-759, no trevo do distrito. O acesso Ipatinga/Pingo DÁgua, no fim da tarde dessa sexta-feira, ficou fechado nos dois sentidos. Também ficou bloqueado o acesso ao próprio distrito.
Entre as reivindicações, os moradores reclamam do preço da tarifa cobrada pela Rio Doce no itinerário Revés do Belém/Ipatinga: R$ 4,50. Queremos uma redução para R$ 3, que é a mesma feita pelos moradores de Ipaba. Aqui também o percurso é de 20 quilômetros, apenas”, explica um dos manifestantes.
Líder comunitário, Felício Genoíno Azevedo afirma que a infraestrutura do distrito é outro problema. Há uma rede de esgoto permanentemente entupida, uma rede pluvial deficiente e um calçamento que é feito sobre todos estes problemas”, reclama.
Os moradores lembram que a unidade de saúde de Revés do Belém funciona de maneira precária. Poucos horários de atendimento médico, escassez de medicamentos na farmácia básica e falta de ambulâncias estão entre as maiores demandas. Quando alguém passa mal e precisa de socorro, é colocado em carros comuns e levado para Ipatinga”, explica Felício.
Na rede escolar, o único estabelecimento que disponibiliza o Ensino Médio enfrenta um quadro semelhante. Faltam torneiras nas pias, portas nos sanitários. E a cozinha seria reprovada pelo mais benevolente agente de vigilância sanitária”, concluiu Felício.
Em contato com o DIÁRIO DO AÇO, manifestantes informaram que, nesta segunda-feira, haverá um novo manifesto no mesmo local, a partir das 5h da manhã. Os moradores afirmam a disposição de manter o protesto até que sejam atendidos pela concessionária do transporte coletivo, a Viação Rio Doce, e as demandas de competência da Prefeitura de Bom Jesus do Galho.
Incêndio
Por volta das 18 de sexta-feira, a Polícia Militar Rodoviária foi chamada ao KM 11 da MG-759 onde cerca de 70 pessoas de Revés do Belém fecharam a rodovia com pedaços de árvores que foram incendiados. Havia risco de o fogo se alastrar para as margens da pista e atingir florestas de eucalipto nas proximidades. A equipe de uma empresa, com um caminhão-pipa, esteve no local, apagou as chamas e retirou as toras de madeira da pista. Monísia Assunção assumiu a liderança da manifestação, mas não informou quem ateou fogo na madeira. Ela relatou que o protesto era pacífico até a chegada de um grupo que começou a promover agitação. Toras de madeira foram localizadas ao longo de quatro quilômetros entre a ponte sobre o Ribeirão do Boin (KM 11) até o trevo de Revés do Belém ( KM 15). O material foi retirado da pista para evitar acidentes.
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