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01 de junho, de 2013 | 00:00

Azul extingue horário de voo para BH

O horário do voo das 6h15 do trecho Santana do Paraíso/Confins deixa de existir a partir do dia 4 de junho


IPATINGA – As reclamações envolvendo a Azul Linhas Aéreas, parecem não ter fim. Após publicar o descontentamento de usuários com a redução do número de voos e do preço da tarifa, a reportagem do DIÁRIO DO AÇO apurou junto à empresa que, a partir de 4 de junho, o voo das 6h15 do trecho Ipatinga/Belo Horizonte deixará de existir.

A própria empresa aérea comunicou aos usuários dos seus serviços que, a partir da próxima terça-feira, o voo AD 4465 (Santana do Paraíso/Confins) deixa de operar às 6h15 e passa a decolar às 18h40. A comunicação, pontua a empresa, é feita apenas para os clientes que já se encontram com o referido voo comprado. Com isso, o primeiro voo no período da manhã para o trecho Ipatinga/Belo Horizonte será às 9h30. Sobre a alteração, a Azul Linhas Aéreas informou que ela foi decidida por causa de ajustes em sua malha aérea.

“A questão é, qual a utilidade de um voo na parte da manhã às 9h30? Porque esse passa a ser o primeiro horário do dia. Quem tem compromisso comercial faz o que? Vai de carro nessa estrada ruim ou simplesmente perde o compromisso. É um absurdo. Me pergunto porque a Azul comprou a Trip, porque o serviço piorou muito depois dessa fusão”, reclamou o dentista João Paulo Silva.

A noiva do dentista, Juliana Campos, que também utiliza os serviços da empresa, tenta se programar de acordo com os horários de voo, devido ao pouco tempo que tem para percorrer o trecho Ipatinga/Belo Horizonte. “Eu ainda tenho mais flexibilidade no meu horário e consigo encaixar minha rotina aos voos, mas é claro que não atende a maioria”, pontuou a médica.

Repercussão
As mudanças nos horários dos voos e os preços das tarifas, também geraram reclamações junto ao setor produtivo local, uma vez que, fora as grandes empresas (Usiminas, Aperam, Vale e Cenibra) todos os demais empresários com demanda elevada de voos entre o Vale do Aço e a capital mineira estão sujeitos à tarifação normal.

Na semana passada, o presidente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi), Gustavo Souza, anunciou que a entidade chamará representantes da Azul para prestar esclarecimentos.

A entidade também irá procurar a Agência de Ação Civl (Anac) para pedir explicações sobre as reais condições do aeroporto localizado em Santana do Paraíso, hoje sob responsabilidade da Usiminas. A operação de aeronaves de maior porte poderia reduzir o custo das passagens. Atualmente, a Azul opera no Vale do Aço com os aviões ATR 72, com 68 lugares.   

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voos tabela


Orientação
Qualquer tipo de alteração que interfira e prejudique o consumidor pode ser levada ao Procon. Para isso, basta que o consumidor registre, fotografe ou faça uma ocorrência, e ingresse sua reclamação com os profissionais do órgão, bem como no Procon estadual, situação que pode ser levada, ainda, ao Ministério Público.

“Por meio da denúncia, é possível buscar uma multa por perdas e danos, pois a pessoa que já planejou uma viagem fica sem meios para tal, pois o voo foi cortado. A regra também vale para o caso da empresa que programa tal alteração sem aviso, pois não constatamos nenhum aviso em jornal ou rádio falando sobre mudanças ou alterações como essa do voo das 6h15”, pontuou o advogado do Procon, Willian Rocha.

O advogado observa que o consumidor deve ser previamente avisado, para que não haja multa para a empresa e o consumidor pode buscar a Agência Nacional de Aviação e fazer uma queixa-crime, para buscar o resultado indenizatório sobre a perda que tiver. Até o momento, destaca o advogado, apenas uma reclamação chegou ao Procon por meio de telefone, mas a pessoa ainda não registrou a queixa.


“Estamos aguardando a pessoa formalizar a reclamação, para que possamos proceder com as providências, e se possível, mandar para o Ministério Público para, juntos, fazermos algo nesse sentido, para que a empresa saiba que existem órgãos de proteção ao consumidor. Aquele que tiver dúvida pode e deve procurar o Procon, que é um órgão em defesa do consumidor. Se não for conosco, encaminhamos para a justiça ou Ministério Público. O que não podemos é deixar sem solução”, concluiu Willian Rocha. 
 


O que mais foi publicado:

Descontentamento com serviço aéreo - 19/05/2013

Aciapi cobra explicações sobre tarifas aéreas - 28/05/2013
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