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21 de maio, de 2013 | 00:00

Cefet intensifica articulação para se tornar universidade

Timóteo sediará lançamento de Frente Parlamentar para dar força ao movimento


TIMÓTEO – A diretoria do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), quer levar ao Congresso Nacional uma mobilização pelo direito de ser reconhecido como Universidade Tecnológica Federal. No próximo mês, deve ser lançada uma Frente Parlamentar na Câmara de Vereadores em apoio ao movimento. Os eventos ocorrerão em todos os municípios mineiros onde funcionam campus do Cefet.

Nessa segunda-feira (20), foi a vez de Belo Horizonte sediar a manifestação. Em Timóteo, o lançamento da Frente Parlamentar ainda não tem data confirmada. O diretor do campus, Rodrigo Gaiba, explica que a previsão desse ato é para o mês de junho, acrescentando que o agendamento é feito conforme a data de criação das unidades.

As reuniões nos municípios sedes do Cefet são debates organizados para esclarecer à população sobre o conceito de universidade tecnológica, os ganhos a serem conquistados com essas mudanças e as perdas sofridas enquanto a conquista não é alcançada. Com isso, a diretoria do Cefet espera conquistar o apoio da comunidade nesta luta e sensibilizar o governo federal.

O diretor ressalta que é importante realizar várias manifestações em apoio ao reconhecimento do Centro, até que a reivindicação chegue a Brasília. “O MEC hoje já enxerga o Cefet como universidade e é só no papel que ainda não temos esse reconhecimento. Já oferecemos cursos técnicos, de graduação, mestrado e doutorado que só as universidades possuem”, complementa Rodrigo Gaiba.

Vantagens

Conforme Gaiba, a grande vantagem para o Cefet em se tornar uma universidade está na destinação de recursos federais. “O governo hoje tem recursos provenientes de duas matrizes, uma é chamada de Secretaria do Ensino Técnico (Setec) e a outra é a Secretaria do Ensino Superior (Sesu). O Cefet, embora oferte cursos superiores, só recebe recursos da Setec, ou seja, ele recebe praticamente a metade daquilo a que faz jus”, argumenta.

A diferenciação da divisão de recursos dificulta até para a organização do quadro de docentes para os cursos de graduação, pois o Cefet não consegue repor os professores do terceiro grau que se aposentam. “Nós não recebemos mais professores de nível superior e todos os professores que lecionam hoje nos nossos cursos de graduação são professores do ensino básico, técnico e tecnológico. O ideal é que recebêssemos também da carreira de terceiro grau”, esclareceu o diretor.

UTGMG
Com a mudança, o Cefet pode se tornar uma Universidade Tecnológica Federal de Minas Gerais (UTFMG). A única diferença entre uma universidade federal convencional é que uma UTFMG só oferece cursos de graduação nas áreas de engenharia e as universidades tradicionais possuem cursos de licenciatura em diversas áreas.

Em fevereiro deste ano, o diretor geral do Cefet em Minas, Márcio Silva Basílio, esteve em Timóteo e lembrou que, em mais de 100 anos de criação da instituição, a grande luta de sua história é ser transformado em Universidade Tecnológica e, a partir disso, ter autonomia para abertura de novos cursos. Além disso, a mudança é muito importante para o campus de Timóteo que, atualmente se encontra em fase de ampliação, garantindo mais recursos e oferta de vagas para o Vale do Aço.
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