14 de março, de 2013 | 17:11

UPA de Ipatinga será construída com recursos do MS

Secretário nacional de Atenção à Saúde assegura que a Região Leste de Minas é prioritária na implantação das Redes de Atenção às Urgências e Emergências em Minas

DA REDAÇÃO - A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas) de Ipatinga, do Porte Tipo III, será construída com recursos repassados pelo Ministério da Saúde. O Município polo da Região do Vale do Aço (Leste Mineiro) irá receber R$ 2,6 milhões que lhe darão condições físicas e tecnológicas para atender a até 450 casos de urgência e emergência diariamente.
 
Já foi repassada a primeira parcela no valor de R$ 260 mil e a segunda, no valor de R$ 2,08 milhões, já está no Fundo Nacional de Saúde para repasse ao Município. A UPA Porte III de Ipatinga foi autorizada pela Portaria 1.344, de 29 de Junho/2012, assinada pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O secretário nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, afirmou que a UPA III de Ipatinga é uma das ações em curso que tratam o Leste Mineiro como uma das regiões prioritárias para a implantação da Rede de Urgência e Emergência no Estado de Minas Gerais. “A segunda Região Metropolitana de Minas Gerais é cortada por rodovias de intenso tráfego, com concentração industrial relevante, e demanda investimentos integrados para equilibrar a oferta de serviços de saúde para uma população que supera os 600 mil habitantes.”
A implantação do SAMU Regional – 192 e a qualificação das portas hospitalares estratégicas são iniciativas que irão se integrar para facilitar o acesso e elevar a qualidade da assistência. “São ações que beneficiam municípios de todos os portes. O Ministério da Saúde, pactuado com as Secretarias Estadual e Municipais de Saúde, implantou com êxito a Rede de Urgência e Emergência no Norte de Minas e na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Sul de Minas, o Triângulo Mineiro, a Região Sudeste e o Leste de Minas são as prioridades neste momento”, disse.

REDE
A Rede de Urgência e Emergência é formada pela integração dos serviços SAMU-192, UPAS 24 Horas, Salas de Estabilização e Prontos-Socorros, que contam com leitos de tratamento intensivo, enfermaria clínica e de cuidados prolongados. Ela se estrutura a partir das principais linhas de cuidado, como as doenças cardiovasculares e os traumas. As portas hospitalares de urgência são consideradas estratégicas quando oferecem um mínimo de 100 leitos e são referências regionais. O gestor pode pleitear recursos de até R$ 3 milhões para investimentos físico e tecnológico, além de incentivo financeiro.

Hospital Municipal - Para o secretário de Saúde de Ipatinga, Eduardo Penna, a implantação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 H) em Ipatinga, que integra a Rede de Atenção às Urgências e Emergências do Ministério da Saúde, representa um enorme ganho para os usuários do município e da região. “Normalmente, os municípios que contam com as UPAs chegam a solucionar até 97% dos casos na própria unidade, permitindo assim a melhor organização do fluxo dos atendimentos de urgência e emergência. Dessa maneira, teremos condições de desafogar o Hospital Municipal, por exemplo, melhorando a qualidade dos serviços prestados”.
 
Ele lembra que a estratégia de atendimento está diretamente relacionada ao trabalho do Serviço Móvel de Urgência (SAMU), que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado à situação. Nas UPAs, os pacientes são avaliados de acordo com uma classificação de risco, podendo ser liberados ou permanecer em observação por até 24 horas ou, se necessário, serem removidos para um hospital de referência.

“Embora Ipatinga já conte com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), avaliamos como fundamental a implantação do serviço para atender toda a região. Estamos no aguardo dos encaminhamentos junto à Secretaria de Estado de Saúde (SES) e do Ministério da Saúde para sua implantação. A administração municipal de Ipatinga não apenas apoia, como se coloca à disposição como reguladora do SAMU regional”.
 
Estrutura das UPAS - As UPAs são divididas em três tipos, conforme a capacidade de atendimento. As UPAs tipo III apresentam estruturas com até 20 leitos e capacidade para atender até 450 pessoas por dia. As do tipo II, com até 12 leitos, recebem até 300 pessoas diariamente, enquanto a do tipo I, com oito leitos, possui potencial para atender até 150 pacientes por dia. Os valores do financiamento também variam de acordo com o porte da UPA.