20 de dezembro, de 2012 | 00:10

O fim do mundo nesta sexta-feira

A vida dos terrestres tem previsão de acabar amanhã, segundo interpretação de calendário Maia. Cientista contesta a versão, mas faz alerta.

DA REDAÇÃO - Na internet e nas mídias sociais, não se fala em outra coisa: o mundo irá acabar nesta sexta-feira (21). A data foi antecipada por filmes, livros e músicas que declaram que, amanhã, a humanidade contemplará seu desfecho. A ideia partiu da interpretação de um calendário Maia que, teoricamente, previa que a data seria a última dos terrestres. O especialista em Astronomia com ênfase em Astrofísica do Meio Interestelar da UFMG, Renato Las Casas, explica que, cientificamente, não há nenhuma chance de o mundo acabar amanhã. Mas, "ele irá sim acabar um dia", contrapõe.
A crença que o mundo chegará ao fim em uma data específica não é inédita. Tampouco é uma convicção de povos distantes, como os Maias. A expectativa pelo dia que marcará o fim da humanidade é antiga. Só na primeira década deste século, o mundo deveria ter acabado em várias datas, segundo profecias inusitadas que partiam da interpretação de algum fenômeno.
 
Las Casas diz que, no campo científico, "não há baboseira maior que isso". Segundo ele, as hipóteses de que um planeta poderá colidir com a Terra, não é possível sem que os astrônomos e estudiosos da área saibam com décadas de antecedência. "E se um planeta fosse colidir com o nosso já seria possível observá-lo a olho nu", pontua.
 
Também não tem o menor fundamento, conforme comenta, as teorias que a Nasa esconde futuros acontecimentos apocalípticos da população. "É algo humanamente impossível. Uma coisa dessas não ficaria oculta", reitera.
Autodestruição
Mas o planeta terá mesmo seu fim. Mas ainda está longe. Especialistas apontam que há pelo menos 20 possibilidades para o fim da humanidade, como a colisão de um grande cometa com a Terra, a morte de uma estrela próxima que pode atingir o mundo, entre outras hipóteses.
É comprovado, por exemplo que, quando a estrela que ilumina a Terra, o Sol, esgotar-se, transformando-se numa gigante vermelha, todos os planetas do sistema serão engolidos. Isso, contudo, deverá ocorrer daqui a pelo menos quatro bilhões de anos.
 
O fato é que, muito antes de o mundo acabar, a população estará extinta. Las Casas explica que a autodestruição ameaça a vida mundial. "Em curtos intervalos de tempo, me referindo a séculos, o que mais nos ameaça é a autodestruição. Com as guerras loucas que temos aí, o desrespeito à natureza, ou alguma experiência científica vai levar o mundo ao seu fim. O aquecimento global está aí com efeitos assustadores. Até o final do século, por exemplo, a temperatura global irá subir mais de quatro graus centígrados, o que irá produzir catástrofes sem proporções no planeta", exemplifica.
No fim das contas, ainda há mais tempo para a vida na Terra ser tocada para a frente.
 
O DIÁRIO DO AÇO foi às ruas para saber o que a pessoas pensam sobre o suposto fim do mundo nesta sexta-feira (21). E, o que elas fariam se o temido apocalipse ocorresse amanhã.
 




 
UM LUGAR PARA PASSAR O FIM DO MUNDO:
Investimento na preservação - 20/12/2012
DIÁRIO DO AÇO NAS MÍDIAS SOCIAIS

CURTIR: FACEBOOK
SEGUIR: TWITTER
VER - DIARIO DO AÇO TV