13 de dezembro, de 2012 | 00:00

Ipatinga figura entre municípios com maior concentração de PIB

São Gonçalo do Rio Abaixo é destaque em relação ao levantamento per capita

IPATINGA – A concentração regional entre os municípios brasileiros avançou em 2010, após recuo por três anos seguidos. Os dados fazem parte da pesquisa do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios - a soma das riquezas produzidas - divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12). Na lista com 100 nomes, Ipatinga é a única da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) que figura entre os indicados, além de São Gonçalo do Rio Abaixo.
Ipatinga ocupa a 75° posição no ranking dos 100 maiores municípios, em relação ao PIB a preços correntes e participações em percentuais relativa e acumulada (0,20). Em 2009, neste mesmo quesito, o município estava em 82°.
 
Conhecida por seu potencial industrial, Ipatinga aparece também quando o assunto é valor adicionado bruto da Indústria e participações percentuais relativa e acumulada, ocupando a 44ª posição, subindo sete posições se comparado a 2009. Nesse quesito, as primeiras cinco colocadas são a capital São Paulo (11,77%), Rio de Janeiro (5,0%), Brasília (3,98%), Curitiba (1,41%), Belo Horizonte (1,37%).
 
Quando o assunto é a posição ocupada pelos 100 maiores municípios, em relação ao Produto Interno Bruto per capita e população, São Gonçalo do Rio Abaixo figura em 11º, com R$ 144.752,84. O município, que possuía pouco mais de 9 mil habitantes em 2010, é um dos destaques da listagem e conta, atualmente, com mais de 12 mil pessoas. O crescimento se deve a mina de Brucutu, da Vale. Na mesma categoria figuram nas primeiras colocações São Francisco do Conde (BA), Porto Real (RJ), Louveira (SP), Confins (MG), Triunfo (RS).
 
O crescimento é visível se comparada a colocação do município em 2009, quando ocupava a 48ª posição. A média dos 10% dos municípios com maior PIB gerou 96,8 vezes mais renda do que a média dos 60% das cidades com menor PIB, pelos dados de 2010. Em 2006, a taxa era de 99,7 vezes. Em 2009, havia baixado para 95,4 vezes, subindo em 2010 para 96,8 vezes.
 
A concentração também sobe nas outras bases de comparação. Quando se olha os 10% mais ricos contra 50% mais pobres, a relação era de 121,1 vezes em 2006, caiu para 115,3 vezes em 2009 e voltou a subir a 117,4 vezes em 2009. Na comparação da média dos municípios 10% mais ricos contra 30% mais pobres seguiu a mesma trajetória: 177,2 vezes em 2006, 168,2 vezes em 2009 e 172,1 vezes em 2010.

graffo pib
Concentração

Na região Sudeste a concentração é mais forte, e, apesar da ligeira queda, a distância entre a renda gerada dos 10% mais ricos com os 60% mais pobres é de 147,2 vezes. No Nordeste, por sua vez, a média dos 10% dos municípios com maior PIB geraram 52,2 vezes mais renda do que a média dos 60% das cidades com menor PIB, tanto em 2010 como em 2006.
A concentração da geração de renda é clara quando se observa que um quarto do PIB nacional (25%) está concentrado em apenas seis cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus). Em 2009, eram cinco, sendo acrescentada à listagem Manaus, com sua Zona Franca. Ao mesmo tempo, a participação das capitais na composição do PIB nacional foi de 34%, a menor desde o início da série, em 1999, quando foi de 38,7%. Se consideradas apenas as capitais do Sudeste, essa fatia era de 18,8% em 2010.
A pesquisa do IBGE trouxe poucas alterações no ranking dos dez municípios mais ricos do país. São Paulo se mantém inalterada como o maior PIB brasileiro, seguida por Rio, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Manaus e Porto Alegre. Guarulhos, por sua vez, subiu da 9ª posição para a 8ª, na passagem entre 2009 e 2010, enquanto Fortaleza avançou do 10º lugar para o 9º. Salvador, que tinha o 8º maior PIB municipal em 2009, caiu para a 10ª posição.
A alta de preços de commodities metálicas influenciou, ainda, o aumento de renda de alguns municípios. As cidades de Catas Altas (MG), Itamarati de Minas (MG), Paranã (TO), Iaras (SP) e Clementina (SP) tiveram os maiores ganhos de participação no PIB nacional.
 
SOBRE O ASSUNTO:
Rico da noite para o dia - 23/11/2012

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