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01 de abril, de 2012 | 00:00

“Foram os ‘sócios’ que acabaram com o clube”

Graça Arthuso, viúva do ex-dono do Choupana, fala sobre os últimos anos do clube

Wôlmer Ezequiel


choupana

TIMÓTEO – A reportagem do DIÁRIO DO AÇO entrevistou, com exclusividade, a viúva do pioneiro Expedito Marcolino, fundador e proprietário do antigo Clube Campestre Choupana. Morando atualmente em Belo Horizonte, Graça Arthuso, contou por telefone os últimos anos de funcionamento do Choupana. Muito emocionada, a aposentada lembrou as muitas contribuições do marido para o município e pediu desculpas aos enteados por lembrar-se de um passado tão doloroso para a família.
Sócios
“Quem levou o clube a fechar foram os sócios porque, toda vez que o Marcolino cedia a administração para uma comissão de sócios o Choupana ia à falência. O clube só não foi à frente porque esses sócios estavam sempre levando o clube à ruína e, com isso, Marcolino tinha que pegar a administração novamente. Em 2005 quando foi feita uma chamada aos sócios patrimoniais, para a última assembleia do Choupana ninguém compareceu”.
Desapoio
“Os chamados sócios patrimoniais compravam cotas e deveriam pagar mensalidades, mas não pagavam. Para capitalizar o clube foram lançadas as cotas remidas e esses cotistas estavam isentos de mensalidades. Em pouco tempo eles representavam o maior número. A gente não pedia aos cotistas que dessem dinheiro não, mas a gente queria que eles participassem dos eventos. Quando eram promovidos os bailes, festas e eventos para arrecadação de recursos para o clube, não havia apoio e participação dos sócios. Se os sócios remidos participassem dos bailes, das festas e dos jantares nós teríamos verba para manter o clube”.
Propriedade
“A área do Choupana corresponde a 70 mil metros quadrados que pertencia a Expedido Marcolino. Todo o terreno, as benfeitorias e todo o resto era dele e ninguém sabia disso. Ele ainda cuidou para que toda a área da gruta, da mata, e da lagoa fosse registrada como Área de Preservação Ambiental (APA)”.
Abandono
“Eu fico revoltada com essa situação porque quando a área do clube foi vendida os compradores se comprometeram em cuidar da propriedade imediatamente, eu não entendo porque até hoje isso não ocorreu. Me dá vontade de chorar lembrando da história do clube, porque Marcolino sofreu muito por causa do Choupana e até o fim da vida ele batalhou e lutou para reerguer aquele lugar”.
Venda
“Em 2005 quando a última comissão de sócios deixou a administração do Choupana o clube não tinha mais frequência de associados e as instalações já eram depredadas. Durante quase um ano não houve renda para pagar as despesas do clube. Quando Marcolino morreu não queríamos que a imagem dele ficasse manchada por causa das dívidas, afinal, ele trabalhou muito para Timóteo e não foi valorizado. Foi então que eu e meus enteados decidimos vender o clube para pagar fornecedores e funcionários antes que tudo lá fosse carregado”.
 
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