08 de março, de 2012 | 00:00

Mulheres ganham espaço na siderurgia

Na Aperam South America, elas representam 7,5% da força de trabalho

Divulgação


Cleide de Paula Fonseca

TIMÓTEO - A presença das mulheres em funções vistas, anteriormente, como tipicamente masculinas, ainda surpreende, sobretudo em uma siderúrgica. Na Aperam South America, é possível observar a atuação de operadoras de ponte rolante, preparadoras de panela, retificadora de cilindros, além de tantos outros cargos, incluindo posições gerenciais, ocupadas pelas mulheres.
Atualmente, elas representam 7,5% do efetivo da empresa, incluindo fábrica e escritórios, e a procura das mulheres por vagas na companhia só aumenta. De acordo com dados do Centro de Formação Profissional da Aperam South America, em 2011, dos 1.003 participantes inscritos nos cursos de capacitação, 54% eram mulheres. No mesmo ano, de 54 contratados, 10 eram mulheres (19%). Esses números acompanham uma tendência nacional.
 
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a participação feminina nas metalúrgicas dobrou na última década. Hoje, há mais de 350 mil mulheres atuando no segmento.
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Ivana Coelho
Espaço
Para a retificadora de cilindros da gerência de Laminação a Quente da Aperam South America, Cleide de Paula Fonseca, sua atuação na área não fica atrás do desempenho dos colegas de trabalho. “Realizo as mesmas funções que eles e foi assim que conquistei o meu espaço aqui dentro”, comenta.
 
Cleide está na linha de produção da empresa há 11 anos. Inicialmente, ela trabalhava em uma empresa prestadora de serviços. Quando a oportunidade de fazer parte da equipe da Aperam surgiu, ela foi a única mulher a se candidatar à vaga. “Se havia alguma resistência à minha presença, no começo, ela foi vencida rapidamente. Sou respeitada por todos os meus colegas”, garante.
 
O gerente executivo de Relações Trabalhistas, Desenvolvimento e Remuneração, José Anísio Dias Cabral, acredita que a chegada das mulheres nas áreas industriais contribuiu para quebrar o tabu quanto ao “sexo frágil”. “Quem acreditaria ser possível uma mulher trabalhar na manutenção ou operação industrial? O início da inserção das mulheres nessas atividades ocorreu a partir da decisão da empresa de aceitar a participação delas no processo seletivo do Programa Aprendizes de Ofício”, lembra.
 
Anísio, que gerencia uma equipe composta, em mais de 50%, por mulheres, comenta a contribuição feminina na sua área é um olhar diferente sobre as Políticas de Recursos Humanos, numa empresa tipicamente masculina.
 
A gerente de Melhoria Contínua e Qualidade, Ivana Coelho, está à frente de uma equipe de 11 profissionais, oito deles mulheres, que lidam com empregados, em todos os níveis da organização. Para ela, a mulher possui habilidades e características naturais que podem ajudar nos processos da empresa. “Temos uma facilidade para nos aproximar e maior sensibilidade para lidar com as pessoas, o que nos torna boas gestoras, por exemplo”, endossa.
 
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