05 de fevereiro, de 2012 | 00:00
Cidade de Deus mudou a minha vida”
Ator Leandro Firmino fala da importância do longa, que completa dez anos, em agosto
IPATINGA - Quando despontou nos cinemas interpretando o inesquecível Zé Pequeno, em Cidade de Deus”, o ator Leandro Firmino era apenas um garoto da favela que nunca imaginara se tornar estrela. Em passagem pela região no último mês, para acompanhar a pré-produção do filme Ximênia”, de Bruno Mendes, rodado em Coronel Fabriciano, Firmino falou sobre a importância do longa em sua vida.Em agosto deste ano, o filme de Fernando Meireles completa dez anos e haverá uma comemoração especial, conforme adianta Firmino. Segundo ele, um documentário em fase de produção vai marcar a data especial. A produção será exibida no Canal Brasil.
Mudança
De acordo com Leandro Firmino, o cinema é capaz de mudar a vida de qualquer um. Cidade de Deus mudou a minha vida. Fiz aulas de cinema e, depois do filme, a minha vida mudou completamente. Não só a minha como a de todos os envolvidos na produção. Por isso, hoje acho legal poder trocar conhecimento, principalmente com projetos no interior”, pontua Leandro Firmino.
Apesar da projeção alcançada após o filme, Leandro Firmino confessa que não gosta de ser visto como celebridade. Acho que esse termo coloca as pessoas acima das outras. Não gosto disso. Acredito que sou uma pessoa pública apenas”, resume.
Trabalhos atuais
Depois de Cidade de Deus”, Leandro Firmino não parou mais de trabalhar. Atualmente, ele integra o elenco de Agamenon o Filme, recente lançamento nacional. No momento, ele trabalha na comédia Totalmente Inocente”, filme que vai satirizar a temática favela movie”. Na trama, Firmino interpretará um policial. O filme é dirigido por Rodrigo Bittencourt, com estreia prevista para esse semestre.
Ainda no cinema, Leandro Firmino interpretará um metalúrgico que é mandado embora de sua empresa após 20 anos de trabalho. Intitulado No olho da rua”, o longa deve estrear no segundo semestre deste ano. Ao falar sobre o cinema nacional, Leandro Firmino critica a falta de espaço para as nossas produções nas salas de cinema. Infelizmente, hoje a maioria dos cinemas no Brasil estão nos shoppings e a prioridade são as produções de fora”, pontuou.
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