21 de janeiro, de 2012 | 00:00
Ipatinga discute expansão do seu Distrito Industrial
Expectativa é de que novo parque industrial gere pelo menos mais 1,5 mil empregos
IPATINGA A discussão acerca da expansão do Distrito Industrial do município ganha novos rumos. Após diversas solicitações por parte de representantes de empresas, prefeitura e associações do segmento industrial negociam investimento no setor, cujo objetivo é a geração de novos espaços, além da geração de emprego e renda.
De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, atualmente o Distrito Industrial de Ipatinga possui 160 mil metros quadrados e abriga 31 empresas, que geram 1,5 mil empregos. Com a possível expansão, a expectativa da pasta é de que o número de contratados dobre. Segundo Luís Henrique Alves, secretário de Desenvolvimento Econômico, as conversas são realizadas de maneira tranquila, de forma a discutir e ver as necessidades para viabilizar o novo Distrito Industrial, que vai gerar emprego e renda para o município.
O secretário declarou estar ciente da necessidade de expansão e sabe da demanda dos empresários que necessitam de mais áreas. Temos um projeto, que está sendo discutido com o Sindimiva (Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Ipatinga). Nosso sonho é fazer um distrito e um grande centro de convenções. A cidade hoje não possui um local assim. Por isso precisa ser bem discutido para poder efetivar”, ponderou.
De acordo com o presidente do Sindimiva, Jeferson Bachour, as negociações são fruto de uma solicitação das indústrias, que necessitam de um local para o desenvolvimento de suas atividades. Hoje vivemos um quadro preocupante, uma vez que Timóteo, por exemplo, já conta com uma área propícia para a instalação das mesmas, o que pode acarretar a ida das empresas para esta cidade”, declarou.
Jeferson explica que em uma reunião com o prefeito Robson Gomes (PPS), foi exposta a necessidade da obra. Ele mostrou-se sensível à causa. Acredito que estamos caminhando para uma solução que precisa sair ainda no primeiro semestre. Já propusemos, inclusive, uma reunião com a secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werneck, com a qual temos um bom relacionamento, e que pode nos ajudar”, pontuou.
Desenvolvimento
Gestor do Arranjo Produtivo Local (APL), Augusto César de Barros, explica que existe um movimento na região desde 2009, que visa promover o desenvolvimento regional com base no crescimento das empresas da área industrial, principalmente do setor metalmecânico.
Esse movimento todo teve origem nos problemas que a Usiminas estava enfrentando e que era basicamente o mercado principal dessas empresas. A Usiminas deixou de repente de comprar e algumas empresas passaram a ter dificuldade para se manter”, conta.
Em função do novo mercado e de novas oportunidades criadas, algumas empresas começaram a ter seu parque industrial insuficiente para atender essas demandas.
Timóteo
Em novembro do ano passado o prefeito Sérgio Mendes (PSB) anunciou a compra de cinco terrenos que serão destinados para a implantação de novas empresas no município e um segundo Distrito Industrial. Além de resolver o problema da falta de áreas para a implantação de novas indústrias, o Distrito Industrial II é também uma alternativa para a geração de emprego e renda.
Fabriciano
Também em 2011, foi anunciado, no mês de julho, uma área para a construção do Distrito Industrial II, fruto de investimento privado. A área que será chamada de Parque Industrial Vale do Aço tem 315 hectares e está localizada às margens do anel rodoviário da BR-381, a cerca de 15 quilômetros de Ipatinga, no local conhecido como antigo Horto Baratinha. A expectativa é que o novo negócio gere cerca de quatro mil empregos em Coronel Fabriciano.
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