12 de outubro, de 2011 | 00:01

Imóveis registram 100% de valorização em 5 anos

Financiamentos são apontados como um dos responsáveis por crescimento imobiliário

Wôlmer Ezequiel


predios ipatinga

FABRICIANO – As restrições para novas construções de prédios com mais de dois pavimentos em Ipatinga, promessas de expansão no Vale do Aço e facilidades nas linhas de financiamento estimulam a expansão imobiliária em Coronel Fabriciano. O corretor de imóveis, Frederico Oliveira Poggiali Souza, explica que nos cinco anos anteriores o mercado teve uma valorização de 100%.
 
Os lotes vagos na região central da cidade são raros, mas os poucos disponíveis chegam a ser vendidos em média a R$ 300 mil. Se for para fins comerciais o custo pode dobrar. Um apartamento popular, localizado no bairro Floresta, vale hoje R$ 90 mil segundo o corretor. Bairros como o Santa Helena e o Belvedere estão entre os mais valorizados.
Para Frederico Poggiali, o aquecimento se deve principalmente a facilidade de financiamento com prestações fixas e decrescentes. “Hoje, a pessoa tem como prever o valor da prestação que vai pagar e isso proporciona mais segurança”, opinou. De acordo com ele, em média 80% dos imóveis vendidos são por meio de financiamento.
Além das opções de linhas de crédito, o corretor acredita que a expectativa para a expansão da planta da Usiminas ajudou a impulsionar o mercado de imóveis. “O plano de crescimento para Ipatinga coincidiu com alta do mercado nacional resultando em uma valorização superior a região de Belo Horizonte”, destacou.
Mas para o profissional a supervalorização pode acarretar em uma estagnação futura. “O mercado vem oferecendo muito mais do que é possível absorver e aqueles imóveis com preços mais altos já apresentam dificuldade de venda”, alerta.
Descentralização
Devido a pouca disponibilidade de imóveis para a venda na área central da cidade e aos problemas de trânsito e falta de estacionamento, os investidores comerciais e residências estão migrando para o distrito de Melo Viana. A região é alvo de grandes investimentos nos setores público, comercial e bancário.
De acordo com o corretor Frederico Oliveira não existem em Fabriciano bairros vistos como canteiros de obras, mas a descentralização de investimentos para o Melo Viana é uma tendência forte. “Esse deslocamento valorizou os imóveis da região e um lote na Avenida Magalhães Pinto vale em média R$ 600 mil hoje”, informou.
Wôlmer Ezequiel


frederico poggiali

Plano Diretor deve ser enviado à  Câmara até dezembro
 
Ainda em processo de elaboração, o Plano Diretor de Fabriciano não deve sair do papel neste ano. Segundo o prefeito de Coronel Fabriciano, Francisco Simões (PT), a ocupação desordenada do município dificulta a conclusão do plano que ainda depende da participação popular. “Sabemos que estamos atrasados e correndo o risco de sermos punidos devido ao prazo, mas precisamos contar com a participação da comunidade para concluir o plano”, justificou.
O prefeito destaca que para tentar controlar a expansão desordenada, o município possui uma lei de uso e ocupação de solo. “Já temos esse instrumento para controlar essa verticalização desordenada com restrições de recuo até que o Plano Diretor venha a valer”, explicou. No entanto, Simões avalia que o município já não possui áreas vagas para tantos empreendimentos.
Ainda segundo Simões o projeto do Plano Diretor deve ser enviado para a votação do Legislativo até dezembro deste ano. “Mas eu acredito que a Câmara não pode sozinha fazer emendas neste plano sem antes realizar uma audiência pública com a comunidade”, completou.
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