25 de setembro, de 2011 | 00:00

Adolescente com hidrocefalia precisa de ajuda

Menina de 13 anos necessita de uma cadeira de rodas especial

Moriá Benevides


maria aparecida e karoline

IPATINGA – Uma luta pela sobrevivência, todos os dias, durante mais de 13 anos. Essa é a situação enfrentada por Jusiane Karolaine Costa Araújo, em estado semivegetativo, portadora de hidrocefalia, doença que inibe o seu desenvolvimento motor e intelectual.
Karol, como é carinhosamente chamada pela mãe, Maria Aparecida Costa Araújo, que fez questão que sua filha fosse fotografada, foi adotada com 45 dias de vida, após ser retirada de sua mãe biológica, por um órgão de ação social. A mãe biológica tinha problemas mentais e não apresentava condições de cuidar da criança, daí o motivo da tomada para adoção.
 
Na semana passada, a mãe adotiva da menina procurou a reportagem do DIÁRIO DO AÇO com o intuito de divulgar o pedido de ajuda financeira para a aquisição de equipamentos de necessidade emergencial que irão proporcionar maiores condições de conforto à garota.
 
Na próxima quarta-feira (28), Jusiane completará 14 anos e a família deseja a benfeitoria de alguém que se sensibilize com o caso para presenteá-la com aparelhos capazes de oferecer mais conforto à garota.
“Queremos presentear a Karol com uma cadeira de rodas, de encosto reclinável, cinto de segurança e apoio de cabeça, para facilitar sua locomoção; além de uma cama com altura ajustável e de espaço maior”, apela a mãe adotiva da menina. O valor da cadeira de rodas gira em torno dos R$ 1.900,00, e a cama custa cerca de R$ 2.400,00.
Relatos
Maria Aparecida conta que, em 1998, aos cinco meses, Jusiane Karolaine passou por uma cirurgia de emergência para instalar um tubo na cavidade cerebral, que redireciona o líquido acumulado no cérebro.
No total, a troca dessa válvula já ocorreu em, pelo menos, 20 vezes. “Na época (1998), tivemos que levar a Karol para Belo Horizonte, pois os médicos do Vale do Aço, que a examinaram, deram o caso como insustentável, estipulando, inclusive, que ela teria, no máximo, mais três meses de vida. Graças a Deus, a força de vontade pela sobrevivência faz com que ela caminhe para os 14 anos de vida”, relata.

Porém, as válvulas colocadas na cavidade cerebral provocaram infecções que resultaram no desenvolvimento de meningites, por várias vezes. A mãe lembra também que a menina entrou em estado de coma em constantes situações. “O mais grave ocorreu no ano de 2001, em que ela precisou respirar com o auxílio de aparelhos durante um ano e dois meses. Depois desse coma, ela adquiriu várias sequelas, perdendo todos os movimentos do corpo, a fala e até mesmo a visão”, descreve.
Esperança
Apesar da dura situação enfrentada por Jusiane, Maria Aparecida não perde a fé e a esperança na melhora do quadro clínico da garota. “Até hoje, o que esteve ao nosso alcance sempre foi feito para ajudar a nossa filha. Sou muito feliz em contribuir para que se mantenha viva a batalha da Karol pela vida. Confesso nunca ter imaginado que chegaria o dia em que pediria apoio por meio da imprensa, me expondo dessa forma, mas por ela eu faço o que for preciso”, revela. O contato com Maria Aparecida pode ser feito via telefone pelo (31) 9825-7003.
A doença
De acordo com estudos, uma em cada 500 crianças nasce com hidrocefalia, conhecida no vocabulário popular como “acúmulo de água na cabeça”. Essa “água”, na prática, é o chamado líquido cefalorraquidiano, que fica acumulado dentro das cavidades do cérebro e ocasiona uma pressão no crânio. Ou seja, quando ocorre bloqueio da circulação ou dificuldade de absorção, as cavidades se dilatam e a pressão aumentada resulta em efeitos graves sobre o cérebro.
 
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