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18 de setembro, de 2011 | 00:00

Vale do Aço cada vez mais urbano

Estudo feito para atualização do Plano Diretor de Ipatinga detalha crescimento populacional

Wôlmer Ezequiel


cidade nobre aérea

IPATINGA - Os municípios que compõem a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) estão em pleno processo de urbanização. A informação é resultado de um estudo promovido pela Fundação Gorceix com o intuito de fundamentar a elaboração das Leis Complementares que irão compor o Plano Diretor de Ipatinga.
No item 3 do documento denominado “Relatório de Levantamento de Dados e Diagnóstico” o documento aponta que Ipatinga é o município mais populoso e centro urbano polarizador da região, com 212.496 habitantes em 2000 e 239.177 habitantes em 2010. Em seguida, vem Coronel Fabriciano, com 97.451 habitantes em 2000 e 103.797 habitantes em 2010, o que equivale a cerca de 44% da população de Ipatinga.
A população dos municípios analisados pelo estudo (Belo Oriente, Caratinga, Coronel Fabriciano, Ipaba, Ipatinga, Mesquita, Santana do Paraíso e Timóteo) reside predominantemente na área urbana. Em 2000 e 2010, Timóteo, Ipatinga e Coronel Fabriciano apresentaram a maior concentração, com 99% de sua população residente dentro do perímetro urbano. Em contrapartida, Mesquita, além de ser o município menos populoso, é o que apresenta menor grau de urbanização, com cerca de um terço de seus moradores residindo na área rural, conforme os dados levantados em 2010.
Ao analisar o total de Domicílios Particulares Permanentes (DDP), categoria estabelecida pelo IBGE que identifica as habitações dos municípios, Ipatinga aparece na liderança, com 63.071 domicílios em 2000 e 80.156 domicílios em 2010. Coronel Fabriciano e Caratinga aparecem em 2010, respectivamente, em segundo e terceiro lugares, com 34.748 e 31.720 domicílios. No mesmo período, Mesquita possui menos habitações: 2.466 domicílios, seguida por Ipaba, com 5.276 domicílios. As residências existentes em Ipatinga estão quase totalmente inseridas na área urbana. Em 2010, havia apenas 787 domicílios na área rural. Isso equivale a 99% de domicílios na área urbana e 1% na área rural.
O diagnóstico ressalta que grande parte desses domicílios do meio rural possui moradores veiculados exclusivamente às atividades urbanas, como é o caso de muitas residências nas localidades de Ipanemão/Ipaneminha, Pedra Branca, Taúbas e Tribuna.
Crescimento
A análise da Taxa de Crescimento Geométrico anual (TCG) da população e dos domicílios mostra que, entre 2000 e 2010, em todos os municípios o crescimento domiciliar foi positivo e em um ritmo duas vezes maior que o crescimento populacional. A exceção ficou por conta de Mesquita, que apresentou decréscimo de sua população, a uma taxa de 1,1% ao ano.
“Tal fato é associado principalmente ao momento de expansão imobiliária vivido pela economia brasileira, por causa da facilidade de crédito para aquisição de imóvel em todas as classes sociais, além de mudanças estruturais familiares, que tem promovido um rápido aumento do número de domicílios unifamiliares. Paralelamente, existem as especificidades locais, como o caso da especulação imobiliária vivida por Ipatinga e municípios do entorno, associadas à possibilidade de expansão da Usiminas e aumento da verticalização em algumas áreas”, detalha o documento.
No período 2000/2010, Ipatinga foi o único município que apresentou um ritmo de crescimento dos domicílios rurais superior aos domicílios urbanos, o que pode ser explicado pela expansão residencial retratada nas localidades Ipanemão/Ipaneminha, Pedra Branca, Taúbas e Tribuna. “Deve-se ressaltar que o alto crescimento domiciliar ocorrido nos últimos anos na área rural de Santana do Paraíso é fruto da dinâmica imobiliária de Ipatinga, que tem atingido diversos municípios limítrofes, que possuem essas novas residências veiculadas à economia de Ipatinga e não do município sede”, consta o dossiê.
Ipatinga possui 483 domicílios por km²
Em termos de tamanho físico, Ipatinga é um dos menores da região, com área total de 166 km², sendo maior que Timóteo e Ipaba, que possuem, na sequência, 145km² e 114km². Levando em consideração a densidade populacional em 2000 e 2010, medida em habitantes por quilômetro quadrado (hab/km²), Ipatinga aparece como o município com maiores valores (1.280 hab/km² em 2000 e 1441 hab/km² em 2010) e com maior incremento, aumentando 160 hab/km² ao longo dos últimos dez anos, o que sinaliza crescente atração populacional deste município em relação aos demais.
A densidade domiciliar, mensurada em domicílios por quilômetro quadrado (dom/km²) segue a mesma tendência descrita anteriormente, de Ipatinga assumir maiores valores e maior incremento no período. Em 2000, o município possuía 380 dom/km² e, em 2010, esse número aumentou para 483 dom/km², um acréscimo de 103 dom/km² no período. Em segundo lugar, aparece o município de Timóteo, que apresentou um aumento de 36 dom/km², passando para uma densidade de 182 dom/km² em 2010, o que aponta que Ipatinga possui uma densidade domiciliar muito maior do que os demais municípios.
 
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